Droga não é causa, é consequência.
Sustentabilidade

Droga não é causa, é consequência.


Basta ser um humano, vivendo numa grande cidade, cercado por um número considerável de pessoas, para saber que quando se trata de uso de drogas o problema não é a droga em si e sim quem a usa.
Quando falo drogas me refiro à tudo, as ilícitas e as permitidas: café, álcool, maconha, lexotan...
Qualquer um de nós conhece alguém que bebe todas e no máximo dorme e um outro que bebe 2 copos de cerveja e fica chato, agressivo, as vezes insuportável.
Não é qualquer um que pode tomar umas.
Assim como tem os que não podem tomar café após o jantar, que não dormem de jeito nenhum.
O fato é: os efeitos de qualquer droga tem muito mais a ver com o organismo e a pré-disposição de cada um, do que com a composição química desta.
É claro que cada droga tem seu efeito e que seu uso deve ser controlado. Do açúcar e café ao rivotril e as doses de whisky.
Conheço quem sai a noite, cheira suas carreiras e consegue estar acordado no dia seguinte para levar os filhos na escola e ir trabalhar.
Conheço também aquele que não usa droga nenhuma e mal sai da cama, seja por preguiça ou depressão.
A droga em si não acaba com a vida de ninguém, é a vida da pessoa que a leva às drogas.
E quantas mortes são causadas pelo uso de drogas?
Em estudo realizado no ano passado, fica clara a evidência: 73% dos jovens brasileiros morrem vítima da violência ligada ao tráfico; 15% de acidentes, 5% de causas naturais e cerca de 1% de overdose.
Há quem diga que acidentes de trânsito e muitas mortes são causadas pelo álcool. Aí imagino uma garrafona de zulu dirigindo... Não teria sido uma pessoa irresponsável que, mesmo sem condições apanhou o volante?
Esta deveria ser julgada pelo acidente que causou, não pelas doses que bebeu.
Outro dia assistindo a um telejornal, vi uma matéria sobre um acidente que causou a morte de uma criança em Campinas. Fiquei chocada com a reação dos jornalistas, mais indignados com o fato de a polícia ter achado um baseado no carro do cara do que com o fato de que ele atropelou, largou carro e vítima e saiu andando...
Droga não mata. O que mata é a violência decorrente da sua proibição, é a falta de informação, é o controle pela força.
O mundo não vive sem as drogas, proibi-las não acaba com o mercado paralelo, muito menos com o crime organizado.
Assim como liberá-las não garante o fim de ambos, mas ao menos, não teríamos a nossa força de segurança pública tão empenhada em prender pequeno traficante e sim em combater o crime e trazer mais segurança para o cidadão.
O problema da nossa sociedade é que olhamos pro sujeito e vemos só o "craqueiro"a "ameaça" não olhamos com compaixão, não vemos um menino que sofreu abuso do pai, que perdeu a mãe, que não teve carinho, nem informação...
O fato é que, para promovermos uma mudança de fato, deveríamos parar de demonizar as drogas em si e começar a cuidar do ambiente em que nossas crianças crescem. Deveríamos informar os jovens sobre os perigos, seja do álcool, do cigarro, ou de uma carreira de cocaína. Só existe opção quando há informação.
Enquanto parte de nós negar isso e ver no craqueiro um zumbi, seremos reféns de nós mesmos e da estrutura que ajudamos a construir.



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