Sustentabilidade
Gol do Uruguai
Há alguns meses, quando recebi o convite para trabalhar ajudando na comunicação da Comissão Global para Política de Drogas, não tive dúvida e aceitei.
Não só pelo grupo de pessoas que formam a comissão; nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, juntamente com outros ex presidentes como César Gavíria da Colômbia, Ernesto Zedillo do México, intelectuais como Mario Vargas Llosa e ativistas como a indiana Asma Jahangir; mas também por que acredito na causa.
Causa que vai muito além da liberação da maconha, como aconteceu recentemente no Uruguai.
O que a Comissão quer é discutir o tema e trazer a público estudos e a opinião de: políticos, juristas, usuários (dependentes ou não), médicos, psicólogos e de toda a sociedade, já que todos somos afetados de alguma maneira pelo sistema anti-drogas atual.
Se você lendo esse post é contra qualquer discussão sobre o tema e acha que isso é papo de usuário querendo liberação, vamos lá:
Estima-se que 70% dos presos hoje no Brasil, estejam atrás das grades por uso ou comércio de drogas de pequeno porte. Esse sujeito que vendia droga, muito provavelmente pra sustentar o vício, sairá da prisão como? Entra usuário e sai criminoso!
A violência contra as drogas mata muito mais do que overdose! A cada 100 jovens mortos em conflitos (com a polícia ou com outros traficantes) menos de 1 tem uma overdose fatal.
Além disso nunca na história da humanidade houve uma sociedade completamente livre das drogas.
Ou seja, a atual guerra e a forma como lidamos com a questão é hipócrita, cara e ineficaz.
A regulamentação da maconha como aconteceu no Uruguai, prevê todo um mecanismo de registro de usuários e produtores, devidamente controlado e taxado pelo governo.
A maconha será tratada como o tabaco, com propaganda proibida e com a venda restrita a maiores de idade.
A venda de maconha no Uruguai movimenta um mercado de US$ 30 milhões, que deixarão de escoar nas mãos de carteis e irão para projetos de saúde.
Essas medidas não acabarão com o tráfico, nem como o uso de outras drogas, são uma tentativa de tratar a questão com mais responsabilidade e menos danos sociais.
Um usuário de drogas deve ser tratado como doente, não criminoso.
Golaço do Uruguai, que começará a cuidar da sua juventude, ao invés de trancafiá-la na cadeia.
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