Sustentabilidade ganha espaço nas empresas em 2010
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Sustentabilidade ganha espaço nas empresas em 2010




O relatório “The State of Green Business 2011″, publicado ontem (02/2) pelo Greenbiz Group e divulgado pelo Instituto CarbonoBrasil , mostrou que a voz do consumidor deve ter finalmente chegado às maiores companhias do planeta, pois 2010 marcou uma guinada na postura de muitas delas, que agora estão mais preocupadas do que nunca com o “zero”- desperdício zero, lixo zero e carbono zero.
O documento afirma que apesar das incertezas políticas e econômicas, principalmente nos Estados Unidos e em alguns países europeus, o setor privado percebeu que o caminho da sustentabilidade não é apenas uma opção de marketing, mas também uma oportunidade para ganhos.

“É difícil encontrar uma grande empresa que não esteja engajada de alguma forma com questões ambientais. Na realidade uma mudança dramática aconteceu com o mundo dos negócios: as companhias estão pensando mais a longo prazo sobre sustentabilidade - uma grande diferença das tradicionais ações pontuais. E mesmo com a economia mundial não indo bem, muitas delas dobraram seus esforços em atividades e compromissos com a sustentabilidade”, afirma Joel Makower, presidente do GreenBiz Group.
Alguns dos avanços mais significativos de 2010 segundo o relatório:

• Gigantes acordaram para o “Verde”: Empresas com grande massa de consumidores, como Kraft, Procter & Gamble e Unilever, estão trazendo opções sustentáveis de seus produtos.

• Companhias miram no “zero”: crescimento zero do lixo e desperdício viraram mantras empresariais.

• Sustentabilidade na cadeia de produção: o uso de matérias-primas está muito mais criterioso, com as empresas evitando madeiras de origem duvidosa, por exemplo.

• Padrões ganharam espaço: selos e certificados de qualidade de produtos e serviços estão mais valorizados do que nunca.

• Reutilização de materiais: a reciclagem e o reaproveitamento estão mais presentes.

• Redução do consumo da água e da energia: companhias chegam a premiar funcionários que tenham idéias que ajudem a poupar recursos.

• Crescimento do bioplástico: novos materiais sustentáveis não encontram mais tanta resistência para serem adotados pelas companhias.

Mas nem tudo no State of Green Business 2011 é positivo, alguns dos indicadores retrocederam com relação aos anos anteriores.


• A intensidade de carbono, ou seja, as emissões por unidade do PIB, cresceram depois de anos seguidos de declínio. Muito possivelmente isso se deu principalmente pela recusa do Senado norte-americano em aprovar a nova legislação climática e energética e pela falta de avanços concretos nas negociações internacionais sob a ONU.

• O lixo eletrônico também segue uma preocupação. Apesar da reciclagem desse material ter aumentado, a quantidade de computadores e outros equipamentos eletrônicos jogados fora cresceu ainda mais.

“O que é encorajador é que está estabelecida uma tendência de mais investimentos e compromissos com uma economia sustentável e de baixo carbono. Apesar de muito ainda precisar melhorar, o setor privado promete apresentar cada vez dados mais significativos para o meio ambiente e clima”, concluiu Makower. (Instituto CarbonoBrasil/Greenbiz)


O setor corporativo começa a caminhar rumo a uma economia de baixo carbono, passo importante, mas ainda não satisfatório para o planeta. É preocupante saber que houve um aumento na emissão de gases de efeito estufa, sendo ele o problema mais relevante que temos que solucionar urgentemente para evitar agravamento nas mudanças do clima. Essa urgência é retratada na frase abaixo escrita pelo IPCC/ ONU (Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima).


“O mundo tem menos de uma década para mudar o seu rumo. Não há assunto que mereça atenção mais urgente – nem ação mais imediata” (PNUD – ONU)

Diante disso, empresas e outros setores têm a responsabilidade de quantificar sua emissão, ou seus impactos através de inventários de emissões e depois reduzi-los e neutralizá-los ou compensá-los. Outro problema, que já existe solução também é o gerenciamento de todos resíduos sólidos, dentre eles o eletrônico, evitando que sejam depositados nos aterros. Soluções, instrumentos, tecnologias limpas existem; mas ainda falta o aumento de incentivo de políticas ambientais pelos seus diversos representantes de governos mundiais. ( Érica Sena)


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Fonte: Blog Eccaplan











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