Empresas de energia apóiam redução de emissões nos EUA
Sustentabilidade

Empresas de energia apóiam redução de emissões nos EUA


Depois de rejeitar os compromissos do Acordo de Kyoto, os EUA estão discutindo um sistema próprio de redução de emissões de gases que causam o efeito estufa. Pesquisas de opinião divulgadas nas últimas semanas mostraram que a maioria dos americanos está preocupada com o aquecimento global e aprova medidas para restringir emissões de dióxido de carbono.
O comitê de Energia do Senado realizou na terça-feira um seminário e ouviu 30 especialistas sobre o assunto, iniciando um processo de consultas antes de trabalhar no texto da legislação.
A lei só será discutida e votada no ano que vem, para evitar as eleições legislativas deste ano. O sistema teria limites para emissões e negociação de créditos entre as companhias, de maneira semelhante às regras de Kyoto.
As duas maiores distribuidoras de energia do país, Duke Energy e Exelon, declararam-se favoráveis à regulamentação ambiental pela primeira vez, juntando-se a empresas menores, como Sempra Energy e PNM Resources. As companhias opuseram-se à entidade que representa as empresas do setor, Edison Electric Institute, que é contra a regulamentação.
A presidente da subsidiária nuclear da Duke, Ruth Shaw, disse que tanto "clientes quanto acionistas precisam ter menor incerteza" em relação ao futuro regulatório. A companhia quer investir em geração e precisa saber a regulamentação antes de desenhar as plantas.
Nos EUA, a maior parte da emissão de carbono ocorre em usinas termoelétricas que usam carvão e gás natural para gerar energia. As empresas mais dependentes do carvão são contrárias às restrições, porque terão que gastar mais para reduzir as emissões. Southern Co. e American Electric Power são alguns exemplos. Várias estão investindo em novas tecnologias para continuar usando o carvão, mas com menor emissão de poluentes.
O republicano Pete Dominici, que preside a comissão de energia do Senado, diz que o seminário foi o "ponto inicial" para tentar chegar a um consenso sobre a lei.
Durante o seminário, o vice-presidente da Southern, Chris Hobson, disse que as empresas já estão reduzindo voluntariamente as emissões. Outras fontes da indústria, porém, acham que, se não houver obrigação, as empresas investirão muito mais lentamente. "Não podemos confiar só em iniciativas voluntárias", disse a representante da Duke. A sugestão das empresas é que o setor de geração seja o primeiro a receber limites obrigatórios de emissões.
Para algumas empresas, o problema é que, sem uma legislação federal, vários Estados estão fazendo regulamentações próprias que tornam o marco regulatório irregular e difícil de prever. Segundo a Sempra, 20 Estados americanos (entre eles a Califórnia) estão estudando o assunto.
O debate sobre aquecimento global é antigo e nunca gerou legislação nos EUA. Mas o apoio público à questão cresceu desde o ano passado, com o aumento da violência de furacões que atingem periodicamente o sul dos EUA. Um exemplo foi o furacão Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans. A percepção do público é de que os recentes fenômenos climáticos estão ligados ao aquecimento global.



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