Economia de Baixo Carbono -Fernando Beltrame
Sustentabilidade

Economia de Baixo Carbono -Fernando Beltrame


  Economia Verde, Crédito de Carbono, Pagamento por Serviço Ambiental, Pegada de Carbono são termos relativamente novos na mídia e nos planos estratégicos de empresas, porém, o tema meio ambiente já preocupa governos, indústrias e a sociedade civil desde a década de 70.

  Em 1972, em Estocolmo, foi realizada a 1ªConferência da ONU sobre Meio Ambiente, na qual governos reconheceram necessidade de tratar a poluição provocada
pelas atividades humanas e foi publicado a obra “Os Limites do Crescimento”, que demonstra que os  recursos naturais são finitos e o planeta nãoserá capaz de atender ao aumento desta demanda.

 O conceito de desenvolvimento sustentável surge em 1987, no Relatório Brundland, como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”. Neste mesmo ano, aconteceu o mais bem sucedido acordo internacional, o Protocolo de Montreal, sobre a camada de ozônio. No ano seguinte, a ONU cria o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). 

  Dois anos depois, o IPCC lança o seu 1º relatório, enfatizando a necessidade de reduzir de 60% as emissões de gases efeito estufa (GEE).
  Em 1992 foi realizado o maior evento sobre meio ambiente, a Eco-92, que entre outros resultados, criou a Agenda 21 e a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCC), com o objetivo de estabilizar a concentração de GEE na atmosfera. A partir de então, tiveram início os eventos anuais sobre mudanças climáticas, as COPs (Conferência das Partes). Em 1997, na COP–3, foi criado o Protocolo de Kyoto, instrumento legal que define a metas de redução de emissões de GEE nos países signatários, sendo 5,2%
em média, entre 2008 a 2012. Mas o ápice dessas discussões ambientais aconteceu na
COP – 15, em Copenhague, que reuniu líderes e ativistas ambientais para debater mecanismos para descarbonizarcom mais vigor a nossa economia.

 Infelizmente o Acordo de Copenhague é  uma declaração de intenções, sem efeito vinculante, porém acendeu nos governos, empresas e sociedade civil a vontade de sair da inércia predatória e insensata de recursos naturais. A exemplo disso, vemos o surgimento e aprovação de leis como a  Política Nacional de Mudanças Climáticas e de Resíduos Sólidos e o fortalecimento de eventos empresariais e sociais como o Fórum Empresarial de Apoio à Cidade de São Paulo e o  Movimento Nossa São Paulo.

 O debate e a problemática ambiental trouxeram também mais informação aos consumidores, que cada vez mais exigem ações sustentáveis das empresas, coerência e lastro ambiental, ao comunicarem suas estratégias, evitando-se assim a disseminação do que chamamos“Greenwashing”.

Diante deste desafio de desenvolvimento e inovação para uma economia de baixo carbono e baixo impacto ambiental, identifico como tendências de mercado e políticas públicas as seguintes prioridades:

• Tecnologia e Educação: incentivar e disseminar tecnologias limpas, diagnósticos e estudos ambientais.

• Estilo de Vida: evitar o consumo de forma predatória, privilegiar empresas, construções e produtos que impactem menos o meio ambiente.

Construção Civil: é o setor que mais demanda energia e recursos naturais, em torno de 40% e 50%.

Lixo: implementar políticas para reduzir e reciclar os produtos industrializados
• Água: mais da metade da água que abastece São Paulo vem de outras cidades e viaja mais de 70km.

• Mobilidade: em cidades como São Paulo, seja pelo tempo gasto para se deslocar (em média/dia), seja pela poluição ou pelos acidentes (em média 1,7 pedestre morre/dia).


• Economia de Baixo Carbono: como citado por Al Gore, “devemos precificar o carbono” e criar políticas de incentivo ao desenvolvimento de tecnologias limpas.

• Emprego: hoje voltados, principalmente, à transformação material, deve sofrer uma transição para empregos que busquem uma maior manutenção da qualidade de vida.As ferramentas  para um futuro sustentável estão postas, basta quebrar os laços, as correntes e barreiras
para dar o primeiro passo. O nosso destino depende de ações eficientes, participativas, justas e globais. 

* Fernando Beltrame é sócio e presidente da Eccaplan Consultoria em Sustentabilidade


 
Fonte: Revista_ Lide_Junho 2010

Veja mais o trabalho da ECCAPLAN
http://www.youtube.com/watch?v=kwNrIv6EoUg

  Parabéns Fernando Beltrame e a equipe da Eccaplan pelo trabalho em prol da sustentabilidade!!
     Sucesso!!!         
    Érica Sena



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