Tempo musicopoetico:: Durutti Column e Cecília Meireles
É preciso não esquecer nadapor Cecília Meireles
É preciso não esquecer nada: nem a torneira aberta nem o fogo aceso, nem o sorriso para os infelizes nem a oração de cada instante. É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre. O que é preciso é esquecer o nosso rosto, o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso. O que é preciso esquecer é o dia carregado de actos, a idéia de recompensa e de glória. O que é preciso é ser como se já não fôssemos, vigiados pelos próprios olhos severos conosco, pois o resto não nos pertence.
- Vamos Sempre, Firmes E Fortes, Tocando Em Frente A Nossa Missão
Tocando em Frente Almir SaterComposição: Almir Sater e Renato Teixeira Ando devagar porque já tive pressa Levo esse sorriso porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe Só levo a certeza de que muito pouco eu sei...
- Eugenia Silenciosa
PRECISO DO MAR e DA NATUREZA e DA VERDADE. Aproveitem a minha sugestão.Passeiem junto do mar. Sento-me, olho as nuvens, as aves...às vezes vou com a minha família, o nosso cão Marley. Por vezes descalço, com máquina fotográfica, bicicleta ou música!...
- Há Um Tempo Em Que é Preciso Abandonar As Roupas Usadas
Magritte, The Song of the Violet (1951)"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos...
- Brâmane - Poema Sonoro De Cecília Meireles Com Dead Can Dance
'Brâmane' (Cecília Meireles, de seu primeiro livro) Plena mata. Silencio. Nem um pio De ave ou bulir de folha. Unicamente Ao longe, em suspiros murmúrio, Do Ganges rola a fulgida serpente. Sem ter no pétreo corpo um arrepio, Nu, braços no...