Plástico verde: reciclagem do bagaço
Sustentabilidade

Plástico verde: reciclagem do bagaço




 Não podemos negar a importância conquistada pelo plástico em nosso dia-a-dia, mesmo sabendo do seu impacto negativo durante a sua  produçao e na sua destinação final.
   Sabendo disso muitas indústrias começaram a criar plásticos com outras matérias- primas, não sendo petróleo, os plásticos verdes.
   São boas alternativas, dependendo do foco analisado. Realmente são menos impactantes ao meio ambiente do que as convencionais, mas
  
   Quase já não é possível imaginar o nosso mundo sem plástico. Até mesmo quando se trata de conservação ambiental, essa espécie de “matéria-prima da vida moderna” também possui um papel importante. Por motivos bastante óbvios: o plástico convencional provém, em sua maioria, do petróleo.
De todos os estoques mundiais do óleo bruto, cerca de 4% são destinadas à fabricação do produto.

Durante o processo industrial, são liberados na atmosfera seis quilos de CO2 para cada quilograma de plástico produzido. Considerando ainda o ritmo acelerado com o qual as reservas naturais de petróleo estão se extinguindo, logo se conclui o porquê das alternativas sustentáveis ao plástico terem sido tão bem-sucedidas nos últimos anos – especialmente na indústria de embalagens.

O plástico “verde” – ou o bioplástico – é composto geralmente por plantas como a cana-de-açúcar, o trigo, o milho ou a batata, mas também por óleo vegetal.

(...)

Grandes negócios – A tendência despertou reação também nas empresas responsáveis pelo produto tradicional, feito de petróleo – além de um investimento multimilionário em pesquisas e métodos de produção “verdes”. O grupo de gigantes globais desse ramo inclui, entre outros, a corporação agrícola estadunidense Cargill, a empresa italiana Novamont e a companhia química alemã BASF.
Materiais plásticos biodegradáveis como o poliactide, derivado de milho, já estão em uso em algumas das maiores redes de supermercados e multinacionais da indústria alimentícia, tais quais o Wal-Mart ou a Coca-Cola.
O plástico “verde” é responsável ainda por grandes negócios em solo brasileiro. No país, líder mundial na produção de açúcar, a empresa petroquímica Braskem utiliza a crescente indústria nacional de etanol canavieiro para produzir o bioplástico.


Do bagaço ao ecologicamente correto


No entanto, questionamentos foram levantados quanto à nova alternativa. Um deles discute se a sua produção não irá promover o desmatamento ou estancar as plantações de alimentos, assim como supostamente teria acontecido com o biocombustível. “Os argumentos apresentados quando se trata de bioplástico são parecidos com os relativos ao óleo de dendê”, aponta Voell, se referindo ao sul da Ásia, onde enormes áreas florestais são erradicadas a cada ano para dar lugar a lucrativas lavouras de palmas.

A fim de reagir às críticas, pequenos projetos procuram sair do padrão e, ainda assim, integrar a explosão da indústria canavieira. Um deles, concebido numa parceria entre Brasil e Alemanha, no Senai Climatec de Salvador (BA), produz plástico a partir dos restos da cana-de-açúcar, que são descartados pelas fábricas de etanol da região.

Os chamados “bagaços” costumam ser queimados, resultando em grandes emissões de dióxido de carbono na atmosfera. O objetivo é transformar o produto reciclado no futuro plástico convencional e, com isso, sobrepor outro grande setor econômico do país: a indústria automotiva.


O avanço comercial do plástico “verde” parece inevitável. Todavia, até o momento, a variante ecológica representa apenas um percentual menor do que 1% no mercado global de plástico. E a associação industrial Plásticos Europeus acredita que o montante não deve crescer mais do que 5 a 10% nos próximos anos.
“A questão está nos altos custos de produção, mas também no fato do bioplástico ser pior em termos de manipulação e tratamento termomecânico em comparação com o material tradicional”, afirma Michael Niaounakis, especialista em polímeros do Instituto Europeu de Patentes de Haia.


Menos dióxido de carbono? Ainda assim, os especialistas veem um verdadeiro potencial no bioplástico para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e, com isso, adiar as mudanças climáticas.


O produto “verde” subjuga o convencional por demandar menos energia em sua produção e por ser livre de toxinas. Mas, a princípio, são necessários mais estudos científicos para se comprovar o quão sustentável, de fato, é o bioplástico
.
“O fato de ele ser feito com matéria-prima renovável não o faz automaticamente melhor para o meio ambiente”, ressalva Gerhard Kotschik da Agência Federal do Meio Ambiente na Alemanha. “É preciso considerar todo o ciclo de produção. Para, só então, dizer se o bioplástico é mais ecologicamente correto do que o feito de petróleo”.


Com a reciclagem do bagaço da cana-de-açúcar, contudo, os produtores de plástico de Salvador, na Bahia, oferecem uma primeira resposta positiva. (Folha.com)


http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2011/05/18/70062-plastico-verde-usa-sobra-vegetal-da-industria-canavieira.html


Fonte: Ambiente Brasil, 18/05


Gostei dessa matéria, pois apresenta uma solução de reciclagem do bagaço da cana, não tendo que ocupar mais terra plantando cana-de- açúcar, e evitando a emissão de carbono.


                        Érica Sena



loading...

- Tetra Pak® E Braskem Celebram Acordo De Fornecimento De Plástico Verde I’m Greentm
Tetra Pak® e Braskem celebram acordo de fornecimento de plástico verde I’m greenTM para as camadas protetoras das embalagens cartonadas no BrasilEm uma iniciativa inédita na indústria de embalagem cartonada, Tetra Pak® utilizará...

- O Plástico Ficou Ecológico
Matérias-primas renováveis como cana-de-açúcar e milho são usadas para produzir plásticos menos agressivos ao meio ambiente No tempo que você levará para ler esta reportagem, cerca de 50 000 sacolinhas plásticas serão consumidas no Brasil....

- Coca-cola-brasil Sai Na Frente Ao Implantar O Plantbottle
 No final do mês de março a indústria da Coca-Cola Brasil deu mais um passo rumo a sustentabilidade, lançando a garrafa PET (politereftalato de etileno) Sustentável, feita a partir da cana-de-açúcar. E assim, ela se tornou pioneira no lançamento...

- Inovação Da Braskem...plástico Verde.
Com o cenário econômico e social cada vez mais favorável para o uso de matérias-primas de fonte renovável e alternativas ao petróleo, os pesquisadores do Centro de Inovação e Tecnologia da Braskem retomaram, em 2005, estudos para produção de...

- Biocombustível: Vilão Ou Mocinho?
Os EUA abriram as portas para o etanol brasileiro, feito de cana-de-açúcar, mas as plantações ameaçam o Cerrado e a Amazônia.  Na semana passada, os produtores brasileiros de etanol tiveram uma vitória. A Agência de Proteção Ambiental dos...



Sustentabilidade








.