Sustentabilidade
Muito além da cocada
Fiquei espantada quando soube que os coqueiros, abundantes na costa do nosso país, não são nativos.
Foram trazidos da Índia pelos portugueses, por volta de 1580.
As primeiras referências aparecem no “Tratado Descriptivo do Brasil”, escrito por Gabriel Soares de Souza em 1587, que diz:
‘’As palmeiras que dão os cocos se dão bem na Bahia, melhor que na Índia, porque metendo um coco debaixo da terra, a palmeira que dele nasce dá coco em cinco e seis anos, e na Índia não dão, estas plantas, frutos em vinte anos” (Bondar, 1955).
Hoje, muitos anos depois, sabe-se que o cultivo do coco se dá em mais de 11,6 milhões de hectares em 86 países. Cerca de 96% da produção mundial é proveniente de pequenos agricultores, com áreas de 0,2 a 4 hectares, sendo 70% dessa produção consumida internamente nesses países.
A sua importância na grande maioria dos países se deve ao seu papel na produção de óleo, como geradora de divisas e como cultura de subsistência para os pequenos agricultores, fornecendo alimentos, bebidas, combustíveis, ração para animais e abrigo.
O fruto é um dos mais bem aproveitados e 100% dele é utilizado para algum fim.
A água, muito saborosa pode também ser empregada como diurético, rica em potássio é indicada em casos de vômitos, diaréria e desidratação. Tem grande eficácia nos casos de pressão alta, problemas cardíacos, cãibras, dores de cabeça e mal-estar. Ajuda também no crescimento infantil e no combate ao colesterol.
O valor nutritivo do fruto, varia muito de acordo com seu estado de maturação.
Cem gramas de coco maduro fornecem 290 kcal (quilocalorias) e 100 miligramas de água de coco, 22 quilocalorias.
Além de fonte de alimento o fruto gera óleo utilizado pela industria alimentícia e cosmética
Da casca se extrai a fibra que é empregada em estofamentos de veículos, enchimento de colchões, tapeçaria, cordoaria e fabrica de pincéis.
Retirada a fibra, a casca ainda é utilizada para a fabricação de instrumentos musicais como o congue (aqueles coquinhos que batíamos na aula de música na escola) e o berimbau.
O meu espanto se deu não por que temos coco demais, mas por que são os índios que utilizam sua casca para lindos artesanatos.
Vejam quantas coisas utilizam a casca do coco como matéria-prima:
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O congue e o berimbáu |
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Artesanatos feitos coma casca, fruteira e colar |
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Cumbucas e vaso |
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Pranchas de surf feitas coma fibra do coco |
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Chocalhos |
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Pastilhas de casca de coco são usadas em revestimentos |
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Velas de parafina e óleo de coco |
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