A Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP 15) começou na manhã desta segunda-feira (7) em clima de esperança - pelo menos da parte dos organizadores - em relação a um acordo global de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O evento foi aberto oficialmente pelo presidente da COP 14, o polonês Maciej Nowicki.
Na cerimônia de abertura, o secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança Climática, Yvo de Boer, destacou que o “tempo de declarações formais acabou”. “Chegou o momento de darmos as mãos”, prosseguiu o representante da ONU.
Ele lembrou aos participantes que lotavam o plenário principal do Bella Center, espaço de convenções onde acontece a conferência, que as delegações dos 193 países terão apenas seis dias de reuniões técnicas para entregar resultados aos seus ministros (no caso da delegação do Brasil, quem está à frente é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff).
Os ministros, então, terão dois dias para negociar até a chegada dos líderes nacionais que, se as esperanças se confirmarem, podem fechar um acordo climático global até 18 de dezembro.
O líder do painel de cientistas climáticos da ONU [Rajendra Pachauri] defendeu enfaticamente nesta segunda-feira (7) os indícios de que o ser humano está aquecendo o planeta, depois de críticos afirmarem que o vazamento de e-mails de uma universidade britânica desqualificou as evidências.
Pachauri é o líder do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas da ONU, que disse em 2007 ter pelo menos 90% de certeza de que os seres humanos são responsáveis pelo aquecimento global.
Os emails, alguns escritos há 13 anos, foram roubados por piratas virtuais e disseminados com rapidez pela internet. Céticos dizem que as mensagens mostram que os cientistas manipularam as evidências sobre o clima.
A Casa Branca aprovou um projeto da Agência de Proteção Ambiental dos EUA que autoriza o órgão a estipular regras que regulem as emissões de gases do efeito estufa no país, disse uma autoridade do governo norte-americano nesta segunda-feira (7).
O projeto aprovado pela Casa Branca permite que a agência ambiental (Epa, na sigla em inglês) determine regras mesmo que o Congresso não aprove uma legislação para cortar as emissões dos gases causadores do aquecimento global.