Consumo Sustentável: O que fazer por nós e pelo Planeta - IDEC
Sustentabilidade

Consumo Sustentável: O que fazer por nós e pelo Planeta - IDEC


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Você conhece o panfleto do Idec sobre o consumo sustentável? Se não, vale a pena ler.

Leia o panfleto do IDEC aqui no Pensar Eco!

Desenvolvimento sustentável e consumo sustentável

Existe uma relação direta entre o que chamamos de desenvolvimento sustentável e a prática do consumo sustentável. Desenvolvimento sustentável é definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidade da geração presente sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”.

No entanto, os atuais padrões de produção e consumo, aliado a políticas públicas que agravam a degradação da natureza, ameaçam levar o planeta à exaustão de seus recursos, causando enorme prejuízo ao meio ambiente e afetando a qualidade de vida de bilhões de pessoas. Mesmo com milhões de pessoas sem acesso ao consumo de produtos e serviços essenciais à uma vida digna, já estamos consumindo 50% a mais do que o planeta é capaz de repor e precisamos reduzir em até 40% as emissões de gases de efeito estufa para que a temperatura do planeta não suba mais do que 2ºC, limite indicado por cientistas para evitar grandes catástrofes climáticas.

Precisamos fazer uma revolução na produção e no consumo, agindo em pelo menos três frentes:

• mudando nossos hábitos cotidianos de consumo;

• demandando das empresas informação e produtos e serviços mais sustentáveis para os consumidores;

• e exigindo dos governantes políticas públicas integradas que estimulem padrões mais sustentáveis de produção e consumo.

Mudança de comportamento

Se o elevado padrão de consumo dos cidadãos dos países desenvolvidos fosse estendido à população mundial, seriam necessários hoje vários planetas Terra para atender a demanda por alimentos e produtos. A sedução provocada pela publicidade e a busca por posição social através da ostentação de bens levam a um consumismo que supera em muito a satisfação das reais necessidades do ser humano.

É preciso alterar esse comportamento em favor de um consumo sustentável, adotando um conjunto de práticas relacionadas à aquisição de produtos e serviços que tenham por objetivo diminuir os impactos 
causados no meio ambiente. E isso inclui também uma nova atitude: a de se preocupar não apenas com o preço e a qualidade dos bens e serviços oferecidos, mas ficar atento ao comportamento das empresas no que se refere à sua responsabilidade ética e socioambiental.

Importante: Nos países em desenvolvimento, consumo sustentável significa também garantir a todos o acesso a produtos e serviços de qualidade que atendam suas necessidades básicas.

Consumidor-cidadão

No mundo contemporâneo, o comportamento do cidadão, do poder público e das empresas interfere diretamente na sustentabilidade da vida humana no planeta e na qualidade de vida de cada comunidade. 
É a responsabilidade compartilhada pelo problema e pelas soluções! Acreditamos no poder de pressão do consumidor para influenciar, com suas atitudes individuais e coletivas, as políticas e práticas de governos 
e setores produtivos na direção de ações que priorizem o interesse público e formas mais justas e sustentáveis de produção, distribuição, consumo e pós-consumo.  Como novos padrões de produção e consumo ainda estão em construção, precisamos que o consumidor, seja também cidadão e pressione governos e empresas. Ser consumidor-cidadão é parte importante da solução!

Responsabilidade socioambiental das empresas

Para o Idec, a responsabilidade socioambiental deve ser pressuposto e base da atividade empresarial e do consumo. Por isso, as empresas devem ser responsabilizadas pelos impactos negativos provocados por suas cadeias produtivas em relação aos seus trabalhadores, aos consumidores e ao meio ambiente. Aliás, é cada vez maior o número de consumidores que faz suas escolhas baseado na postura ética das empresas junto ao mercado de consumo e à sociedade. E isso diz respeito também aos valores transmitidos pela publicidade praticada por ela, a busca por soluções para eventuais problemas e a transparência nas relações com os envolvidos em suas atividades.

O que é obsolescência programada?

É uma estratégia usada por muitas empresas para que o produto por ela fabricado tenha vida útil mais curta ou torne-se ultrapassado em pouco tempo, precisando ser substituído por outro novo. É o caso, por exemplo, de lâmpadas que “queimam” em pouco tempo de uso e de aparelhos eletroeletrônicos que apresentam defeitos logo ao término da garantia e cujo conserto não compensa pelo alto custo. O consumidor deve registrar reclamação nos SACs das empresas e nos Procons para evidenciarmos o problema e demandarmos das empresas e do governo medidas concretas para sua solução.

Políticas públicas para sustentabilidade

As decisões governamentais influenciam a qualidade de vida dos cidadãos e a  sustentabilidade socioambiental. Os governos precisam implementar políticas públicas integradas que resgatem o papel do Estado de regular e fiscalizar, impedindo padrões insustentáveis e estimulando os novos padrões 
de produção e consumo. Cabe aos cidadãos tomar consciência de seu poder político e pressionar seus governantes a adotarem políticas públicas para sustentabilidade.

Mobilidade mais sustentável

A mobilidade mais sustentável nas cidades exige maior e melhor oferta de transporte coletivo, assim como infraestrutura para tornar o uso de bicicletas mais viável e seguro. Por isso, consumidor-cidadão, exija do prefeito e dos vereadores uma mobilidade mais sustentável! Em relação ao uso do carro, as montadoras de veículos precisam tirar o verde do discurso e garantir o respeito ao direito do consumidor à informação sobre eficiência energética e emissões veiculares. Isso para que os consumidores 
na hora da compra, além do preço e da marca, levem em consideração o consumo de combustível.
A mobilidade sustentável depende da responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e consumidores para que tenhamos informações e alternativas concretas!

O desafio do lixo

Dar destinação adequada às toneladas de lixo produzidas diariamente é um desafio global. No Brasil, em mais de 50% dos municípios o destino dos resíduos são lixões a céu aberto e em 22% das cidades o lixo termina em aterros controlados (que não tem tratamento de chorume e gases). Cerca de 27% dos municípios brasileiros destinam os resíduos para os aterros sanitários, onde o lixo é aterrado em terreno preparado para causar o menor impacto ambiental possível. Apenas 17% dos municípios brasileiros tem alguma iniciativa de coleta seletiva.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

O Brasil aprovou, em 2010, a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), que disciplina o tratamento do lixo, estabelecendo a responsabilidade compartilhada entre poder público, empresas e consumidores. Está previsto o fechamento de lixões a céu aberto até 2014, com sua substituição por aterros controlados e aterros sanitários. Todos os municípios deverão ter seus planos de gestão dos resíduos sólidos. Apenas os rejeitos (a parte do lixo que não tem como ser reciclada) poderão ser encaminhados aos aterros sanitários. Os resíduos orgânicos deverão ser compostados e os outros materiais, reciclados. Serão implantados sistemas de logística reversa para embalagens, agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes e todos os tipos de lâmpadas e eletroeletrônicos. Ou seja, os  fabricantes, importadores, distribuidores e 
vendedores terão a responsabilidade de recolher e reciclar embalagens e os 
produtos no pós-consumo.

Responsabilidade do consumidor

 Quando existir coleta seletiva e sistema de logística reversa, o consumidor será obrigado a fazer a separação e a destinação adequada do resíduo, sob pena de advertência e multa.

http://www.idec.org.br/uploads/publicacoes/publicacoes/folheto-consumo-sustentavel.pdf

 Muito bom esse material! Parabéns Idec!
Vamos nos tornar Consumidor- cidadão?
  Érica Sena





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