Sustentabilidade
Consciente, consumidor brasileiro valoriza marcas ligadas a causas socialmente relevantes
Pesquisa global realizada pela Edelman aponta tendências na relação entre consumidores, empresas e causas socialmente relevantes
O brasileiro tem se tornado um consumidor mais consciente, atuante e atento à relação entre marcas e causas socialmente relevantes, sendo um dos que mais se engajam em todo o mundo. A conclusão é apontada pelos resultados da quarta edição anual da pesquisa Goodpurpose®, conduzida pela Edelman junto a mais de 7 mil consumidores, distribuídos em 13 países.De acordo com os resultados da pesquisa, o público do maior país da América Latina tem alta predisposição para valorizar, recomendar e manter-se leal a marcas cuja atuação relacionada a propósitos seja consistente. Entre 2007 e 2010, a crença neste cenário aumentou. Para os respondentes, a percepção de que as organizações atuam de forma genuína sobre propósitos subiu de 46% para 64%. Dentre as marcas cujo legado positivo já se faz presente figuram Natura, Omo, Petrobras, Ypê, Nestlé e Coca-Cola.
“As marcas de maior sucesso são as que conseguem gerar benefícios sociais em conexão com seus negócios”, afirma Yacoff Sarkovas, CEO da Edelman Significa. Segundo o executivo, consistência e visão de longo prazo são fatores essenciais para empresas que desejam construir marcas por meio de causas: “as atitudes de uma marca devem refletir suas crenças e princípios, assim como a estratégia do seu negócio”.
Em comparação ao resto do mundo, o brasileiro aumentou severamente seu grau de envolvimento em causas. No país, 64% consideram-se mais engajados diante dos 34% correspondentes aos números globais. O consumidor local também se diz mais consciente sobre empresas que, além de buscarem resultados financeiros, envolvem-se genuinamente em temas de interesse social. O brasileiro mostra-se predisposto a confiar, promover e comprar produtos de organizações cujas práticas e ações pautam-se por princípios e valores concretos.
Na dimensão individual, o consumidor nacional acredita cada vez mais em sua condição de agente de transformação. Frente ao levantamento de 2009, sua confiança nas instituições governamentais caiu de 62% para 52%. No sentido inverso - de 1% para 11% - deu-se o incremento da autoestima dos respondentes como potenciais defensores de causas. No entanto, a ação pessoal não é considerada incompatível com atitudes das marcas. Segundo a pesquisa, 84% dos brasileiros acreditam que, juntos, marcas e consumidores podem fazer mais por uma causa do que se atuassem de modo separado.“Nos mercados emergentes, a notável aparição do ‘consumidor cidadão’ aconteceu rapidamente por conta das batalhas acerca de questões socialmente relevantes como as que gravitam em torno do meio ambiente e direitos humanos. Eles entendem o significado da causa e a querem no centro de suas vidas e interações com as marcas”, afirma Carol Cone, diretora da área de marca e cidadania corporativa da Edelman.
Se em 2007 a qualidade era preponderante na decisão de compra (61% contra 38% neste ano), em 2010 a decisão distribui-se entre propósito social da marca (19%) e lealdade (15%). Um engajamento desta magnitude, todavia, requer ações consistentes de comunicação. Na pesquisa, 82% dos respondentes acreditam que marcas devem divulgar sua atuação em causas para elevar o nível de conhecimento público sobre tais iniciativas.
"Propósito é o quinto P do marketing. É uma contribuição vital para o obsoleto mix de produto, preço, praça e promoção”, diz , diretor global de criatividade e consumo da Edelman e fundador da iniciativa Goodpurpose. Em sua opinião, “o propósito permite às marcas ter um nível de engajamento mais profundo junto a seu consumidor - e isso permite que as pessoas coloquem sua própria marca na estratégia de marketing por meio da colaboração junto às empresas, em prol de causas socialmente importantes”.
Outros números-chave da pesquisa no Brasil:> 84% concordam que marcas e consumidores, ao trabalharem juntos por uma causa, podem fazer mais do que se agissem separadamente.> 80% tendem a recomendar marcas que apoiam boas causas em detrimento das que não o fazem.> 74% trocariam de marca se uma outra, de qualidade similar, apoiasse uma boa causa.> 94% dos consumidores acreditam que a atuação sobre propósitos deve equilibrar interesses sociais e de negócio.> 76% creem que não basta às corporações simplesmente transferir dinheiro para causas; elas devem integrar os propósitos às suas estratégias e rotinas de negócio.> 72% gostariam de trabalhar para uma companhia se ela apoiasse ativamente uma causa.> 60% investiriam em uma companhia socialmente ativa.(Instituto Carbono Brasil)
Fonte: Mercado Ético, 22/11
loading...
-
Pesquisa Mostra Que Consumidores Se Preocupam Com O Desempenho Ambiental Das Embalagens
Meio Ambiente é um fator cada vez mais importante nas decisões de compra dos consumidores Pesquisa global realizada pela Tetra Pak com cerca de seis mil consumidores de 12 países diferentes aponta que mais de 75% do público entrevistado considera...
-
O Poder Das Mídias Sociais No Meio Ambiente
A rede social sempre foi uma das maiores ferramentas de comunicação entre as pessoas, mas agora elas assumem um papel de intermediadores para as empresas, que estão investindo cada vez mais no universo digital. Através das redes sociais as empresas...
-
A Rotulagem Ambiental E A Competitividade No Mercado Interno
Quem não se lembra das propagandas de televisão enaltecendo aquela marca famosa de geladeiras que era o desejo de toda dona de casa moderna? Era a marca que transmitia segurança de uma compra com qualidade. Pois é, o mundo mudou! Os consumidores...
-
Não Sou Obrigada A Comprar óleo De Soja TransgÊnico!!
Sei que já escrevi sobre ÓLEO DE SOJA TRANSGÊNICO, mas acho que sempre é bom divulgar isso novamente. Vc costuma comprar óleo de soja? Costuma ler a embalagem? Sabe que significa o símbolo ? ...
-
Top Of Mind
Todos os anos, ha 21 anos, a Folha promove a pesquisa Top of mind. O princípio básico é questionar aos consumidores "Qual a marca que lhe vem a cabeça?". A pergunta é feita por categoria: eletrodomésticos, higiene, comunicação, etc... e também...
Sustentabilidade