tornou-se um pretexto para o ataque generalizado aos bens públicos»
A não perder, o documentário Catastroika, que mostra onde leva (e para quem) a onda de privatizações ao desbarato das infraestruturas essenciais. A quem não tiver tempo de ver o documentário todo, recomendo especialmente a parte sobre a privatização da água(13 minutos: de 0:50:40 a 1:04:00).
«Num momento em que as políticas de austeridade se comprovam como catastróficas, vale a pena ver Catastroika, filme dos mesmos autores de Dividocracia, agora no Youtube com legendas em português. O filme de Aris Chatzistefanou e Katerina Kitidi explica as motivações por trás das privatizações e as consequências brutais desta austeridade selvagem que, com a desculpa da dívida, traz apenas uma resposta - a subjugação e a miséria.
Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos.
...
Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie.»
Fonte: 420doc
E a propósito das eleições de hoje na Grécia, transcrevo uma parte do texto de Nuno Ramos de Almeida, publicado no iOnline:
Imagem de Reuters obtida em Dawn.com
«O berço ou a urna da democracia
Na Europa da troika os povos têm direito de ir às urnas apenas para votar naquilo que foi decidido para eles. É como na velha anedota em que um pai anuncia ao filho que é totalmente livre para escolher o seu futuro: “Meu filho, quer queiras quer não hás-de ser bombeiro voluntário.” Os poderes que mandam na Europa permitem que a Grécia eleja o seu governo desde que execute a política que a troika ordena.
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O programa único dos memorandos da troika não é neutral. Nem pretende resolver a crise económica para todos. Aliás, desse ponto de vista, é uma catástrofe: Portugal e a Grécia vão acabar o período da dita ajuda a dever mais dinheiro e com a economia em pior estado que antes dos empréstimos da troika. A maré negra que alastrou a Espanha e a Itália não vai parar. ...»
- "fluxo: Por Amor à Água" (dia Mundial Da Água 2015)
Flow: For Love of Water (Fluxo: Por Amor à Água), documentário de Irena Salina, 2008: "Documentário premiado Irena Salina que investiga o que os especialistas consideram a questão política e ambiental mais importante do século 21 - A Crise...
- Fluxo: Por Amor à Água
Flow: For Love of Water (Fluxo: Por Amor à Água), de Irena Salina, 2008: "Documentário premiado Irena Salina que investiga o que os especialistas consideram a questão política e ambiental mais importante do século 21 - A Crise Mundial da Água....
- Anonymous - The Future
A ver e partilhar A ler 1. Quando não se respeita o passado, o futuro corre mal! 2. Entrevista a Branko Milanovic, economista-chefe do Banco Mundial (excerto) Como é que vê a resposta europeia para ultrapassar a crise neste contexto...