A ler 1. Quando não se respeita o passado, o futuro corre mal!
2. Entrevista a Branko Milanovic, economista-chefe do Banco Mundial (excerto) Como é que vê a resposta europeia para ultrapassar a crise neste contexto em que já se percebeu que os maiores não estão a salvo?
Estou relativamente pessimista sobre as medidas de austeridade que estão para vir. Entrámos numa espécie de espiral negativa. Os países tiveram de cortar nas despesas, de tentar equilibrar as contas públicas e aumentaram os impostos indirectos, no IVA ou uma [taxa] equivalente, em vez dos impostos directos, e tudo isto teve um impacto negativo na igualdade de rendimentos. Os impostos indirectos são geralmente regressivos, o que significa que, proporcionalmente, afectam mais os pobres do que os ricos. Os impostos directos têm um impacto progressivo, porque os ricos pagam mais.
Os últimos dados do Eurostat mostram que, na União Europeia, 23% da população está em risco de pobreza ou de exclusão social. Os contrastes sociais na Europa têm vindo a aumentar?
Houve certamente mais conflitos sociais em 2009. Não vejo que haja uma ameaça maior hoje. Assistimos é, potencialmente, a um [modelo de] desenvolvimento perigoso em que os governos eleitos democraticamente são substituídos por tecnocratas, como aconteceu em Itália e na Grécia, o que indica indirectamente que o próprio sistema democrático não foi capaz de debelar a crise. Portugal e Espanha estão em posições diferentes, porque têm novos governos [eleitos], onde o sistema foi capaz de resolver o problema [da crise política]. Em Itália e na Grécia, tiveram de chamar tecnocratas. [Mario] Monti não é um líder político, não foi eleito. [Lucas] Papademos também não. Consigo entender a lógica, porque ganham um suporte mais vasto [dos partidos] por serem tecnocratas, mas não é bom para a democracia. Se há uma crise séria e o sistema político [vigente] não consegue resolver essa crise, a substituição por tecnocratas não é bom para o desenvolvimento democrático. Não tenho nada contra os tecnocratas – eu próprio sou um tecnocrata… – mas não penso que os líderes políticos tenham de o ser. Os tecnocratas podem ajudar (através de conclusões, produzindo relatórios, dando ideias), mas os líderes políticos devem ser pessoas próximas dos cidadãos.
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