O mar arrastou barcos e causou destruição em Pântano do Sul, em Florianópolis
19 de novembro de 2009
Foto: Fabrício Escandiuzzi/Especial para Terra
19 de novembro de 2009
Foto: Fabrício Escandiuzzi/Especial para Terra
Uma "onda gigante" assustou moradores e deixou um rastro de destruição no final da tarde desta quinta-feira em Florianópolis. O mar chegou a arrastar carros e barcos e atingiu pelo menos oito restaurantes no bairro Pântano do Sul, uma das mais tradicionais comunidades de pescadores da capital catarinense. A onda invadiu o bairro por volta das 17h, momento em que os ventos chegaram a 80 km/h na região.
De acordo com os moradores, o mar recuou rapidamente e, em seguida, a onda se formou e atingiu a costa. Com aproximadamente 5 m de altura, ela arrastou tudo o que estava na praia. Barcos chegaram a ser arremessados contra restaurantes e carros. Um deles chegou a parar no telhado de uma das casas. Um pescador sofreu ferimentos leves.
Quando a onda atingiu a costa e começou a invadir restaurantes e arrastar barcos e carros. Não havia muitas pessoas na praia. "Achei que fosse morrer ali e então corri para o supermercado", afirmou a morada Mariza Emília Martins. "Moro aqui há 52 anos e nunca vi uma coisa assim. Se fosse num domingo, quando a praia está cheia, iria morrer muita gente".
Após a onda, as embarcações foram recolhidas às pressas por voluntários e populares e colocadas no meio da principal rua do bairro. Por volta das 19h, os moradores começaram a limpar restaurantes e tentavam recolher os destroços. Pelo menos dez barcos de pescadores locais foram destruídos ou danificados pela onda. Quatro carros foram danificados e um deles, que chegou a ser arrastado pelo mar e atingido por uma embarcação, permanecia na areia à espera de um guincho. Pela praia, o rastro de entulhos, pedras e destroços das cadeiras dos restaurantes.
A dona de casa Ana de Soares chorava ao olhar a destruição no barco de seu filho. "Como é que ele vai trabalhar? Uma vida inteira aqui e meu menino ganha a vida com esse barco", disse.
Os moradores relataram que nunca haviam visto algo semelhante no Pântano do Sul. Enquanto alguns afirmavam se tratar de um "tsunami", outros diziam que a tempestade ocorrida no final da tarde havia sido "estranha". "A água cresceu de repente, tomou o costão e foi levando tudo o que havia pela frente. A gente tem maré alta e ressaca. Mas nunca vi a água subir pelas casas e arrastar tudo assim", disse Fátima Campos, que mora à beira da praia há mais de 30 anos. "É uma coisa desesperadora, os barcos e os carros pareciam de papel. A gente acha que coisas assim só acontecem pela televisão".
A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou a ocorrência da onda, mas a considerou como um "fato isolado". De acordo com o gerente do órgão, major Emerson Emerim, a entrada de ventos fortes ocasiona o aumento da água na região do Pântano do Sul. "Tivemos ventos de 90 km/h em Florianópolis e, como aquela região é mais baixa, essa onda, ou ondas, entraram com muita força e altura. Os danos foram materiais", disse.
A chuva continua no estado durante toda a madrugada, o que preocupa a Defesa Civil. "Temos registrado chuvas fortes e com muitas descargas elétricas (raios). Estaremos em alerta nas próximas horas", afirmou o major.
Fonte: TerraDe acordo com os moradores, o mar recuou rapidamente e, em seguida, a onda se formou e atingiu a costa. Com aproximadamente 5 m de altura, ela arrastou tudo o que estava na praia. Barcos chegaram a ser arremessados contra restaurantes e carros. Um deles chegou a parar no telhado de uma das casas. Um pescador sofreu ferimentos leves.
Quando a onda atingiu a costa e começou a invadir restaurantes e arrastar barcos e carros. Não havia muitas pessoas na praia. "Achei que fosse morrer ali e então corri para o supermercado", afirmou a morada Mariza Emília Martins. "Moro aqui há 52 anos e nunca vi uma coisa assim. Se fosse num domingo, quando a praia está cheia, iria morrer muita gente".
Após a onda, as embarcações foram recolhidas às pressas por voluntários e populares e colocadas no meio da principal rua do bairro. Por volta das 19h, os moradores começaram a limpar restaurantes e tentavam recolher os destroços. Pelo menos dez barcos de pescadores locais foram destruídos ou danificados pela onda. Quatro carros foram danificados e um deles, que chegou a ser arrastado pelo mar e atingido por uma embarcação, permanecia na areia à espera de um guincho. Pela praia, o rastro de entulhos, pedras e destroços das cadeiras dos restaurantes.
A dona de casa Ana de Soares chorava ao olhar a destruição no barco de seu filho. "Como é que ele vai trabalhar? Uma vida inteira aqui e meu menino ganha a vida com esse barco", disse.
Os moradores relataram que nunca haviam visto algo semelhante no Pântano do Sul. Enquanto alguns afirmavam se tratar de um "tsunami", outros diziam que a tempestade ocorrida no final da tarde havia sido "estranha". "A água cresceu de repente, tomou o costão e foi levando tudo o que havia pela frente. A gente tem maré alta e ressaca. Mas nunca vi a água subir pelas casas e arrastar tudo assim", disse Fátima Campos, que mora à beira da praia há mais de 30 anos. "É uma coisa desesperadora, os barcos e os carros pareciam de papel. A gente acha que coisas assim só acontecem pela televisão".
A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou a ocorrência da onda, mas a considerou como um "fato isolado". De acordo com o gerente do órgão, major Emerson Emerim, a entrada de ventos fortes ocasiona o aumento da água na região do Pântano do Sul. "Tivemos ventos de 90 km/h em Florianópolis e, como aquela região é mais baixa, essa onda, ou ondas, entraram com muita força e altura. Os danos foram materiais", disse.
A chuva continua no estado durante toda a madrugada, o que preocupa a Defesa Civil. "Temos registrado chuvas fortes e com muitas descargas elétricas (raios). Estaremos em alerta nas próximas horas", afirmou o major.