Ato contra energia nuclear
Sustentabilidade

Ato contra energia nuclear


Neste final de semana tive uma visão.
Fiz como minha mãe me ensinou de pequena e "tentei me colocar no lugar" de outras pessoas; neste caso dos japoneses, vítimas da tragédia que assolou o país no último dia 11 de março.
"Primeiro senti o chão tremer, depois vi nossa casa da praia sendo levada por uma onda gigantesca, que carregou tudo que havia na frente. Eu e minha família (conseguimos escapar minutos antes, graças ao sistema de alerta que existe em todo litoral brasileiro); meio perdidos tentávamos encontrar algum lugar para ficar, num dos abrigos na cidade do Guarujá ou Bertioga, ambas destruídas pelo terremoto seguido da onda.
Milhares de pessoas lotavam estes abrigos, tentando se acalmar, após perderem tudo o que tinham; algumas parentes e amigos; quando tivemos a pior de todas as notícias.
As Usinas Nucleares de Angra 1 e 2 haviam sido atingidas pela onda e o sistema de resfriamento dos reatores não funcionava devido à falta de energia!
Nós, ali, sobreviventes, desabrigados, agora corríamos o risco de morrermos por um desastre nuclear.
Mais pessoas chegaram aos abrigos, agora desalojadas de suas casas, todas à 20 km das Usinas.
Foram levadas ordenadamente e calmamente para acampamentos, graças à deus estas são características típicas de nós, brasileiros.
Dias depois, todos na mesma aflição recebemos uma notícia que nos acalma: os responsáveis pelo resfriamento finalmente conseguem "acalmar" os reatores e evitar uma tragédia maior. Mas nossa água, nosso leite e alguns alimentos estão contaminados! E agora, o que vamos comer, pra onde vamos?...."
Tirando algumas diferenças "culturais", este poderia facilmente ser um relato de uma brasileira, paulista, caso o Brasil fosse localizado num local propenso à terremotos e tsunamis.
Teria muito mais orgulho em dizer que não corremos este risco por que não temos nenhuma Usina Nuclear no nosso quintal, do que em dizer que somos "sortudos" por estarmos geograficamente bem localizados.
Geografia esta que nos permite explorar diversas fontes de energia, como a solar e a eólica.
Nem nós, nem os japoneses, nem franceses, ninguém controla tragédias naturais como um terremoto ou um tsunami. Mas nós que inventamos a necessidade de energia elétrica e somos nós que decidimos de qual fonte ela será.
É por isso que na próxima quarta-feira, dia 23/03 estarei na Praça da Liberdade em São Paulo, no Ato Contra a Energia Nuclear, ela não é, ou pelo menos não deveria ser opção!



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