Apagão moral
Sustentabilidade

Apagão moral


Não é novidade que temos uma questão séria quando falamos em planejamento estrutural nesse país.
O governo federal, governos locais e prefeituras, tem dificuldade em se entender e quem paga o pato somos nós, cidadãos.
Em ano de safra recorde, quando deveríamos comemorar e exportar mais do que nunca, vemos o gargalo das estradas e portos impedir que isso aconteça.
Em ano que antecede a tão esperada copa do mundo a ser sediada por aqui, ao invés de estarmos ansiosos, felizes e orgulhosos, estamos temerosos e envergonhados.
A falta de segurança nas cidades, o atraso e superfaturamento nas obras dos estádios e aeroportos só deixa mais evidente a ineficiência nata desse país.
Agora, 12 anos após o apagão de 2001 ,que assombrou a população no último ano do governo Fernando Henrique, voltamos a enfrentar o mesmo problema.
Naquela época, a crise energética estava ligada principalmente à falta de planejamento no setor e à ausência de investimentos em geração e distribuição de energia. Somou-se a isso o aumento contínuo do consumo de energia devido ao crescimento populacional e ao aumento de produção pelas indústrias. Outro fator que contribuiu para agravar a situação foi o fato de que mais de 90% da energia elétrica do Brasil era produzida por usinas hidrelétricas, que necessitam de chuva para manter o nível dos reservatórios.
E o que mudou nesses 12 anos?
No mundo todo a necessidade de aumento na produção de energia fez com que alguns países como a Alemanha, adotassem medidas para incentivar a produção e consumo de energias provenientes de fontes renováveis, como o Feed in, mecanismo que calcula o custo de produção de cada tipo de fonte e o repassa de forma proporcional ao consumidor. A energia eólica chega a um custo 30% menor do que a nuclear, por exemplo. O resultado óbvio é que concessionárias acabam migrando para as renováveis mais baratas e consequentemente o consumidor.
Já por aqui, parece que nada mudou nesses 12 anos, temos sim projetos no setor de energia eólica, mas entraves burocráticos fazem com que um parque eólico, que nos Estados Unidos é construído em 1 ano (desde o projeto, até a implementação), por aqui não conseguimos fazer em 5!
Isso por que o governo Dilma separou nos leilões a construção dos parques de suas linhas de transmissão, só que um não funciona sem o outro. Temos projetos de parques eólicos quase prontos, mas suas linhas nem começaram a sair do papel.
Como se não bastasse, de acordo com o jornal O Globo, dos 80 principais projetos de geração do país previstos para o período de 2013 a 2015, 53, ou 66%, estão com atrasos. Há problemas, ainda, na distribuição. Além disso, 27% das obras consideradas obrigatórias nas 12 cidades que vão sediar os jogos não serão concluídas no prazo previsto. Algumas contam com previsão de término para depois da Copa.
Ou seja, não vai ter estádio, nem aeroporto, nem luz!
O apagão de 2014, diferente daquele de 2001, que era só elétrico, será moral!



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