Sustentabilidade
A logística reversa em prol do meio ambiente.
 
 
 A logística reversa,                  esta que agora decola, passou a constar da pauta da gestão empresarial                  no fim da década de 80. Mas, por enquanto, salvo raras exceções,    é uma operação que ainda dá prejuízo ou, no                  máximo, se paga. 
"O processo costuma ser até 30% mais caro                  que o lucro gerado pelo reaproveitamento de materiais e pela venda de matéria-prima                  a outras indústrias", diz o engenheiro de produção Paulino                  Francischini, professor de operações e logística da Universidade                  de São Paulo.
Por que, então, a preocupação dessas                  empresas é tão grande?
A resposta: responsabilidade ambiental e                  preocupação com a imagem corporativa.
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Os brasileiros, segundo pesquisas de opinião,                  prestam atenção na preocupação das empresas com o                  meio ambiente. E muitos estão dispostos a pagar mais caro por um produto                  no caso de o valor ser destinado a projetos de proteção do meio                  ambiente. Ainda assim, os consumidores, por desconhecimento, são um dos                  maiores entraves aos processos de logística reversa.
Em 2003, a Itautec                  criou um programa de reciclagem aberto ao público, mas que acabava atendendo                  exclusivamente aos computadores da própria empresa e contratos corporativos.                  Demorou cinco anos para que o primeiro cliente comum procurasse o serviço.                  Mesmo com o programa gratuito à disposição de todos os clientes,                  apenas cinco máquinas foram entregues até o momento.
 "Embora                  o consumidor comum esteja mais consciente, a maioria ainda não pensa sobre                  o lixo ou desiste de lhe dar o destino correto caso isso envolva algum trabalho                  ou custo", afirma João Carlos Redondo, gerente de sustentabilidade                  da Itautec.
A falta de interesse não impede outras                  boas iniciativas.
Desde 2005, a Whirlpool (fabricante das marcas Brastemp e Consul)                  dispõe de um programa de coleta e reciclagem de geladeiras antigas. Por                  enquanto, o serviço não é aberto a todos os consumidores. 
As peças usadas são retiradas pela Whirlpool e seguem para uma linha                  de desmontagem na fábrica da empresa, em Joinville, Santa Catarina (veja                    o quadro ).
"O maior desafio é chegar ao reaproveitamento                  total do material dos produtos antigos e ampliar sua coleta, para que o lixo seja                  zero", diz Paulo Vodianitskaia, gerente de sustentabilidade da Whirlpool                  Latin America.
Outro braço da logística reversa da empresa cuida                  das embalagens dos novos produtos.
 Como é feito?
Para ampliar a coleta, ainda restrita a algumas cidades de São Paulo, a Whirlpool                  firmou uma parceria com uma grande empresa de varejo. Os entregadores da loja                  que levam a geladeira nova à casa do cliente retiram a embalagem do eletrodoméstico.
  Até agora, o programa recolheu 127 toneladas de papelão, plástico                  e isopor, destinados à reciclagem. 
 Um outro exemplo de empresas que agem do mesmo modo:  
 
                Empresas de bebidas,                  como Coca-Cola e AmBev, também tentam ampliar o reaproveitamento das embalagens                  de seus produtos.  A AmBev recicla rótulos e reutiliza garrafas retornáveis                  de plástico e vidro.  No início de 2010, a Coca-Cola vai começar                  a utilizar garrafas PET produzidas a partir de vasilhames plásticos usados                  (um dos grandes vilões ambientais).   A tecnologia está disponível                  no exterior há quase dez anos, vigora na Alemanha e nos países nórdicos,                  mas é novidade no Brasil. A embalagem usada é triturada e passa                  por um processo de limpeza. O material é derretido e a resina é                misturada à resina nova, para a produção de garrafas. Como                  experiência a caminho dessa novidade, a empresa já oferece em supermercados                  e bares de algumas cidades do interior de São Paulo a PET retornável                  com um atrativo monetário em nome da limpeza. O preço de uma Coca                  de 1,5 litro em PET retornável varia de 1,59 real a 2,10 reais se o consumidor                  levar o casco. A mesma garrafa, sem a troca, custa 1,50 real a mais. É                uma ideia do passado, do tempo em que nossos pais e avós trocavam o casco,                  com um quê moderno de sustentabilidade.Fonte: Revista Vejahttp://veja.abril.com.br/301209/5-logistica-reversa-linha-desmontagem-p-246.shtml
 
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