Sustentabilidade
Tijolos ecológicos- UNICAMP
É muito grande a diversidade de pesquisas realizadas nas universidades brasileiras. Há docentes que se dedicam essencialmente à pesquisa básica com o objetivo de oferecer contribuições teóricas ao desenvolvimento de sua área de atuação; há os que esperam que elas possam de alguma forma vir a alavancar significativos incrementos no desenvolvimento científico e até contribuir para avanços tecnológicos; há os que trabalham com vistas a descobertas que possam ser implementadas em produtos oferecidos no mercado; há os que esperam de alguma forma dar retorno mais imediato à sociedade que arca com o custo da pesquisa e do ensino universitário oficial no Brasil. É neste último grupo que se situa deliberada e preferencialmente o professor Armando Lopes Moreno Junior, do Departamento de Estruturas da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp, um dos responsáveis pelos estudos desenvolvidos no Laboratório de Estruturas e Construção Civil da Faculdade.
(...)
É considerado ecológico o tijolo que não precisa de queima, diferentemente dos feitos de argila que, depois de moldados, são queimados em grandes fornos, que além de consumirem madeira poluem o ambiente. Além disso, a argila encontra-se em geral próxima aos cursos d’água e sua retirada provoca erosão e assoreamento de rios. Os tijolos ecológicos são feitos de uma mistura de solo-cimento, na proporção de 10:1, devidamente umedecida e submetida à prensa manual, de custo baixo, uma vez que se destina a atender uma comunidade.
Uma pessoa consegue produzir por dia 500 tijolos. Em geral é utilizada a terra do local, selecionando solos constituídos naturalmente de areia, argila e silte, na proporção de 60, 20 e 20 por cento, respectivamente.
A cola:
O caso particular da utilização da cola à base de PVA para assentar os tijolos na construção de paredes em substituição à argamassa convencional constituída de areia, cal e cimento, se insere nessa linha de pesquisa e sua utilização visa dar rapidez, limpeza - porque a padronização do bico de aplicação garante a sua distribuição uniforme, e economia à construção, pois o assentamento com argamassa é demorado e o desperdício grande, chegando a 30%. Moreno constata que a resistência da cola em relação à aderência é maior do que quando se utiliza a argamassa. Ele enfatiza que, nos cursos ministrados, o uso da cola é apresentado como opção, mesmo porque neles se mostra também a técnica usual de assentamento.
Em relação à cola à base de PVA, o docente constata que pouco se estudou a respeito do seu emprego no assentamento de elementos de alvenaria de solo-cimento e que, mesmo em uma busca rápida no mercado, podem ser encontradas empresas nacionais que se propõem a utilizá-la na união de tijolos. Para isso precisam que os elementos colados apresentem-se secos, pouco porosos e tenham uniformidade na superfície de aplicação da cola, características que o tijolo maciço de solo-cimento apresenta. A avaliação da possibilidade desse assentamento tem sido objeto da pesquisa desenvolvido por Moreno e os resultados, embora ainda parciais, indicam que a cola pode substituir com vantagens a argamassa usual no assentamento de tijolos maciços de solo-cimento.
Ele entende que os resultados já obtidos podem respaldar cientificamente uma técnica de execução de alvenaria rápida, econômica e que não leva a desperdício de material. Entretanto, considera primordial a continuidade dos estudos, pois muitas outras avaliações de desempenho das alvenarias de solo-cimento, em ambientes internos e externos, devem ser executadas antes que esta técnica seja corrente e corretamente empregada no setor da construção civil nacional.(Jornal da UNICAMP/EcoDebate)
Matéria completa:
Jornal da Unicamp
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/construindo-com-tijolos-ecologicos/
Fonte: Mercado Ético e Jornal da Unicamp
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