Sustentabilidade
SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO
Experiências reais de mães e amamentação
Este post surgiu de um debate onde partilhamos nossas vivências e experiências com relação à amamentação e o nosso ativismo em defesa deste alimento tão importante nos primeiros anos de vida. Então ,são várias as histórias e cada uma contou ao seu jeito .Leia o relato de algumas mães e depoi se for possível,visitem seus blogs.....
Para as mães que querem, que não querem, que acham que devem e as que acham que não devem.
Só com leite, engordavam acima da “média”
Eu amamentei meu dois filhos exclusivamente até 8 meses. Eles não bebiam nem água, só peito mesmo.
Com quatro meses já recebia incentivo até da pediatra para introduzir novos alimentos.
Na família, era olhada como “A estranha”…rs…
Meu segundo filho, mamou até 2 anos e meio e desmamou espontaneamente sem nenhum problema ou forçação de barra. Mas confesso que já estava um pouco cansada e ele grande, pesado para colo, enfim…foi tudo na hora certa para os dois… Fiquei feliz com isso pois não tive que desmamá-lo contra vontade.
Uma coisa interessante é que durante a amamentação exclusiva, os dois mantiveram peso e tamanho acima da média para a idade. Eram gorduchos.
Depois da introdução de novos alimentos, o peso caiu drásticamente e foram sempre magrelos, abaixo da média.
Sobre doenças, não percebo nada de diferente neles. Acho que eles adoecem normalmente o que me não me incomoda. Acho normal adoecer, faz parte da vida.
Não me arrependo e tenho certeza de ter feito o melhor pela saúde deles.
Não acho que eu possa escolher não amamentar. Não considero que tenha este direito se escolhi ser mãe e só eu tenho este alimento para dar.
É triste ver mães que poderiam amamentar e não conseguem porque não recebem apoio ou incentivo e são empurradas às fórmulas sob o terrível argumento que não vale a pena tentar ajuda ou continuar tentando introduzir seu leite. Já é comprovado que a maioria dos casos de insucesso na amamentação, podem ser revertidos com ajudas simples, como a pega correta da boquinha no seio.
Gêmeas nas “divinas tetas” por seis meses as diziam que eu não teria leite
minhas primeiras filhas, gêmeas, mamaram exlusivamente no peito até os seis meses, e continuaram mamando até os 3 anos e meio, qdo engravidei e elas desmamaram naturalmente. foi uma estória bem gostosa de amamentação, apesar das dificuldades do começo, qdo passei por seis pediatras diferentes no primeiro mês de vida, pq TODOS me diziam q eu jamais teria leite suficiente p dois bebês e q elas iriam passar fome por causa de um capricho meu… a estrela tinha uma dificuldade de pega e fazê-la mamar foi bem trabalhoso nas primeiras semanas, foi um processo cansativo, mas depois que a coisa engrenou foi só curtição… era uma delícia colocá-las uma em cada peito, eu me sentia poderosa, quase uma deusa de divinas tetas, rsrs…
eu tb acho que amamentar não deveria ser opção. ter filhos é opção. a partir do momento q uma mulher opta por ter filhos, acho q há um mínimo q ela não tem o direito de optar por não prover. a amamentação, no mínimo pelos primeiros seis meses, entra aí.
Em nenhum momento pensei em desistir!
Eu não tive a menor dificuldade em amamentar minha filha. O peito quase caiu no início, por alguns dias senti dor, o peito rachou, sangrou, em algumas mamadas eu chorei de dor, mas em nenhum momento passou pela minha cabeça desistir. Fui com fé e logo tudo se resolveu, sem precisar recorrer a ninguem.
Hoje sei que, além de acertar a pega (não era o meu problema), ajuda muito variar a posição em que o bebê pega o peito. É meio doido, mas resolve o problema e bem rapido.
Laurinha mamou 2 anos e meio, com 1 ano e meio passei a regrar pra começar a reduzir, pois ela mamava muito e em livre demanda e não comia nada. Foi dificilimo pra mim, pois amava amamentar, mas reduzindo aos poucos foi bom porque ela acabou deixando naturalmente.
Não acho que usar de alguma psicologia pra ajudar a mulher que tá totalmente perdida é infantilizá-la ou passar a mão na cabeça, ha’casos e casos de mulheres que ainda não despertaram, mas todas merecem ser ajudadas: algumas aproveitarão essa ajuda, a muitas outras talvez não. Sobre ser radical, ouço isso às vezes, mas nem sempre acho justo. Em alguns casos até acho, e acho que o papel de quem quer ir contra um sistema, quem questiona e se compromete com uma forma de viver precisa ser radical sim, porque se não fora nada mudará.
Falta a sociedade toda entender que isso é qualidade de vida a longo prazo
Triste é ver toda uma cadeia de fatos que levam ao “não-amamentar”: vamos pensar numa mãe com a saúde normal, com o índice vergonhoso de cesariana no Brasil já começa o start da cadeia, sem o passar pelo trabalho de parto essas mães realmente não tem a descida do leite como deveria ser, sem contar que na cesariana é difícil o bebê que mama na primeira hora, dai ela vai no pediatra normalzão ele faz o que na primeira consulta? Complemento. Pra que ele vai ensinar a pega, como estimular a produção, a cura das fissuras, depois tem que acompanhar essa mãe e tal, se ele pode dar uma receita de NAN? E dai o trem já está ladeira abaixo e sem freios. Quando a mãe consegue ir longe com 3/4 meses o pediatra manda introduzir alimentos.
Porra, meu mamilo quase soltou do resto do peito, sangrou, colou a casquinha no sutiã, e porque eu insisti? Eu não me fiz de tadinha, chamei uma especialista que veio corrigir a pega, fui nos encontros de amamentação, troquei idéias. Sei que a dor é uma coisa muito subjetiva, mas uma vai lá e aproveita pra parar com uma coisa que talvez não faça sentido pra ela, a outra corre atrás.
É tão anormal pra mim esse ciclo artificial-medicamentoso sendo que o peito tá lá. Falta o médico entender. Falta a sociedade toda entender que isso é qualidade de vida a longo prazo, o que na nossa era imediatista fica bem complicado.
E o colostro saiu pelos bicos como um chafariz
na hora em que o médico puxou…..os meus seios inflaram e o colostro saiu pelos bicos como um chafariz…..parece loucura……o médico colocou a Débora em cima do peito e ali mesmo ela sentiu as primeiras gotas de vida…….me emocionei e todos choraram na hora…..
o peito era a alimentação primordial(como eu disse em um email anterior,ela foi para a creche com 3 meses…….mais ficava lá a tarde toda dormindo e só acordava qd eu chegava com os seios latejando……..limpava-os e ali mesmo me entregava a ela……e Paulo sempre ao meu lado……embevecido……confesso:o mamilo doeu nas primeiras horas,porém o PRAZER…..isso msm,eu sentia prazer em amamentar,em estar com aquele ser e nada ,nem ninguém iria me tirar isto….não ía a festas,não saiamos sem ela………ela estava sempre perto…….um dia,ela ía fazer dois anos,a minha sogra ficou sem paciencia em esperar eu voltar de uma reunião de pais,comprou uma mamadeira e deu um nescau morninho…….e a Débora largou o peito …..pois aí,so queria nescau….
Quando fiquei grávida do Daniel,tive leite até o oitavo mês……e na hora em que ele nasceu(a bolsa estorou a meia noite e ele nasceu as 3 da manhã com o msm tamanho e peso que a irmã)eu não tinha leite……fiquei desesperada,porém,o Pediatra que assistiu o meu parto,me acalmou e de repente,sem mais nem menos,o meu leite desceu…..senti uma dor forte nas accílas e o coloctro gotejou…..Dr.Fábio pegou o Daniel e colocou para mamar….o bico calejado,nem sangrou….
já Daniel,eu tive que tirar o peito qd ele estava com um pouquinho mais de dois anos,pois eu estava abaixo do meu peso,estava muito magra e cansada………senão,ele teria largado sozinho……
Quantas vezes você pariu na vida?
Esse papo de “menos mãe” também me cansa profundamente.
Aliás, quando essa conversa começa, eu saio do papo porque não tenho não tenho mais paciência de argumentar.
Um tecla que sempre bato e na sua história ela fica ainda mais clara é que nós mães, somos vítimas , sim!
Quantas vezes você pariu na vida?
Quantas crianças seu pediatra já atendeu?
Quantas crianças foram cuidadas por essa agente de saúde?
Olha a diferença de experiência que ele tem e o quanto de terror eles podem fazer sobre nós com anos de argumentações que nós não temos.
Buscar informações é uma alternativa, mas e o tempo hábil para isso? A criança precisa ganhar peso, no parto o TP precisa engrenar…são (no máximo) nove meses para aprender em troca de anos de experiência de profissionais desumanos , em sua maioria.
Quanta pressão VOCÊ sofre?
Caraca…é difícil não ceder.
As mulheres que enfrentam, são poucas e sabe lá Deus de onde sai tanta determinação…
Eu acho que nós não temos escolha, amamentar é um dever, sim.
Mas quando as coisas não acontecem redondinhas, é uma luta inglória.
Se as mães tem o compromisso de amamentar, mais ainda os profissionais tem OBRIGAÇÃO de apoiar e não é isso que acontece.
Aprendi a escolher minhas batalhas
eu acho importantíssimo a gente ter cuidado e psicologia pra falar com as mulheres, tirar a culpa da jogada e falar em crescer e assumir responsabilidades. o que acho que não se deve fazer é dourar a pílula. diante de uma mulher que repete “não tive leite, não tive leite”, passar a mão na cabeça e dizer: ‘é, é verdade, nem toda mulher tem leite, amamentar não é pra todas, paciência’, pq isso não é verdade. e não vai ajudar em nada. a gente ter cuidado com a experiência do outro, tratar as questões do outro com carinho e atenção, não significa ser condescendente, certo?agora, depois de mais de 5 anos de “ativismo”, eu aprendi a escolher muito minhas batalhas. se a pessoa não dá um sinal de q está a fim de olhar mais fundo pra própria experiência e se questionar, eu não abro a minha boca. tb não vou passar a mão na cabeça, só me abstenho de tocar no assunto com a pessoa.
Eu ordenhava leite e deixava, mas ela não tomava.
A Dani mamou no peito até os cinco meses. Com três meses eu voltei a trabalhar e ela ficava com o pai. Eu ordenhava leite e deixava, mas ela não tomava com ele. Só tomava comigo. O pediatra orientou que colocasse na mamadeira, e eu tbm não me informei sobre outras formas de oferecer meu leite que não fosse o peito. Ela chorava a tarde toda porque só mamava quando eu chegava. E mamava até vomitar, tadinha!
Passei quatro anos me informando, lendo e abraçando as causas da maternidade responsável, consciente. Quando decidi engravidar novamente, já sabia tudo que faria de diferente: queria um parto natural, em que meu bebê fosse respeitado desde antes de nascer, amamentação em livre demanda e exclusiva até que eu e minha filhota estejamos preparadas para o início da introdução de alimentos, cama compartilhada… Tudo que fui recriminada com a Dani!
Alice nasceu de cesárea necessária, mas meu consolo é que na primeira hora ela mamou! Ela mamou como um bezerrinho, linda! Amamento ela sempre que ela busca o peito. Minhas brigas com as avós já começaram, porque elas não admitem que eu pegue ela do colo delas SÓ porque ela procurou o mama e mamou só faz uma hora! “Ela vai ficar obesa!”…
Hoje, fechei minha família para palpites! Faço cara de paisagem, dou um sorriso de Monalisa e sigo com meus ideais! Porque eles não compartilham do meu ponto de vista, e já cansei de tentar mostrar a importância do respeito com a criança e com a mãe!
Texto escrito a 12 mãos por
Ana Cláudia Bessa http://www.futurodopresente.com.br/ ,
Luciana Isolani ,
Mariana Tezini, projetomacieira.blogspot.com
Monique Fustcher http://www.mimirabolantes.blogspot.com/ ,
Renata Matteoni e, http://rematteoni.wordpress.com/
Renata Penna , blogmamiferas.com.br.
obs:Nesta foto feita pelo meu marido e grande parceiro,estou amamentando Daniel ao ar livre em um hotel fazenda. Ele com um ano e dez meses mais ou menos. Ao nosso lado,a irmã Débora que também mamou bastante no peito.
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