Criadas com o propósito de diminuir o uso de sacolas plásticas descartáveis, a nova tecnologia [das ecobags] ainda não encontrou espaço suficiente para se impor perante os velhos sacos plásticos, que passaram de símbolos da modernidade, nos anos cinquenta, a vilãs do meio ambiente em pouco mais de meio século. Ao contrário das sacolas plásticas, as ecobags podem ser utilizadas mais de uma vez, são laváveis e não agridem o meio ambiente.
As sacolas retornáveis podem substituir até oito sacolas plásticas e suportar até 15 quilos, o que neste caso significa a economia de 4,8 milhões de embalagens plásticas e seu descarte no meio ambiente. Calcula-se que cerca de 90% dos sacos de plástico acabam em lixeiras, como resíduos, ou como contentores de desperdícios. No total, são produzidas, aproximadamente, 210 mil toneladas de plástico filme, matéria-prima das sacolas, que se tornam cerca 10% de todo o detrito do País.
Mesmo com todos os benefícios, pouco se vê pessoas utilizando as ecobags nos supermercados. A pouca praticidade, preços dos produtos e antigos hábitos são alguns dos motivos que os resistentes alegam para não aderir às retornáveis. No entanto, a utilidade e importância delas são indiscutíveis. A oficial de justiça, Erika Braga, de 32 anos, por exemplo, sabe da necessidade de preservar o meio ambiente, se diz a favor e até defende da proposta das sacolas retornáveis, entretanto, admite que não as usa. “Eu até tenho ecobags, uso para tudo, menos para fazer feira”, explicou Erika, que acha as sacolas interessantes para pequenas compras e não para grandes feiras, por questão de acomodação dos produtos.
Um milhão de sacos são consumidos por minuto [2]
Calcula-se que, atualmente, cerca de 150 sacos plásticos são produzidos por ano, por pessoa. A taxa mundial de consumo de sacos eleva esse universo de sacolas plásticas para 500 bilhões ao ano, o equivalente a 1,4 bilhão por dia, quase um milhão por minuto. No entanto, não são esses números que preocupam. O mais preocupante é que apenas 0,6% de todas essas sacolas plásticas são recicladas. Além disso, por não serem produtos biodegradáveis, o tempo que elas demoram a se decompor completamente na natureza é de, aproximadamente, 400 anos.
As notícias são da Folha de Pernambuco [1, 2] via AmbienteBrasil.
UPDATE: ainda dentro do assunto, veja o vídeo abaixo (via Meme de Menos é Mais)
UPDATE 2: É incrível a quantidade de informações disponíveis sobre o assunto. Leia o post do BlogAr Puro: Uma boa e uma má notícia sobre sacolas plásticas.
+ sobre sacolas plásticas no Blog do Jogo Limpo: Um dia sem sacolas!... Sacolas plásticas em baixa Sacolas plásticas continuam em baixa
- Sacolas Plásticas - Jornal O Globo
Página 8 do jornal O Globo de hoje, traz opinião de leitor sobre o banimento das sacolas plásticas em São Paulo. Veja: Sacolas plásticasPegou mal a forma como tentaram tirar as sacolas plásticas em São Paulo. Gastaram milhões em propaganda. Só...
- Entidade Defende Educação Ambiental
Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos, descartou há pouco que o banimento das sacolas plásticas seja uma solução para a poluição: "O problema não está no uso em si, mas no descarte inadequado", afirmou....