Proibir sacolas plásticas faz mal
Sustentabilidade

Proibir sacolas plásticas faz mal


por Antonio Sergio Ferreira Baptista

Estudo de 2009 da Keep America Beautiful mostrou que restos e embalagens de cigarros, charutos etc. correspondem a 38% do lixo nos EUA, seguidos de produtos de papéis como jornais e sacos de papel (22%). Em terceiro lugar (20%), são os restos de plástico (garrafas, embalagens etc.) e somente 0,4% do lixo do país é composto de sacolas de plástico (California Integrated Waste Management Board). Sua substituição por sacolas de tecido, reutilizáveis, não ajuda muito.
Essas são, primariamente, produzidas na China e importadas em navios que queimam milhões de galões de óleo combustível. São feitas de vários materiais mesclados, não sendo por isso recicláveis e terminarão jogadas no meio ambiente. Contêm grande quantidade de bactérias. Sua limpeza exigirá grande quantidade de energia e água (“Arizona University Assessment of the Potential for Cross-contamination of Food Products by Reusable Shopping Bags, Food Protection Trends”). Precisa ser reutilizada pelo menos 94 vezes para compensar o mesmo impacto ambiental causado pela sacola de plástico. Como sua vida útil esperada é de 52 reutilizações, as sacolas plásticas têm um impacto ambiental menor. As de papel são ainda piores: Consomem em sua fabricação quatro vezes mais energia, usam mais material tóxico, mais combustível fóssil, 20 vezes mais água e são igualmente despejadas no meio ambiente. De acordo com o Environmental Literacy Council, são necessários sete caminhões com sacolas de papel para carregar a mesma quantidade que um caminhão de sacolas plásticas, gerando maior consumo de combustível.
Anualmente, os EUA consomem 10 bilhões de sacos de papel, que requerem a derrubada de 14 milhões de árvores (National Cooperative Grocers Association - 2008). Tem um impacto pior no meio ambiente do que as de plástico, nas categorias potencial de aquecimento global, toxicidade humana, ecotoxicidade (terrestre, para os reservatórios de água doce e para água do mar). Depois que a Irlanda proibiu as sacolas de plástico, em 2002, viu aumentar em 400% a venda de sacolas de lixo, também de plástico.
Como o custo de cada sacola plástica é de R$ 0,017 no Brasil, sua venda no caixa dos supermercados por R$ 0,10 corresponderá a um lucro de mais de 500 vezes o capital investido. Não há nada no planeta que gere um lucro desta magnitude. E às custas dos cidadãos.

Via: A Notícia



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