Greenpeace e Quercus tentaram bloquear carregamento de madeira da Amazónia
22.03.2005 - 18h31 Lusa, PUBLICO.PT
Activistas da Greenpeace e da Quercus tentaram esta tarde impedir, sem sucesso, a entrada do navio "Skyman" no porto de Leixões, descendo em "rappel" de uma ponte móvel, em protesto contra um "carregamento de madeira proveniente de empresas envolvidas em abate ilegal e destrutivo na Amazónia".
O comércio de madeira da Amazónia proveniente do abate ilegal e destrutivo está relacionado com a corrupção, o roubo de terras públicas, a violência contra as comunidades locais e, em alguns casos, com homicídios. Ao não tomar medidas para controlar este problema, Portugal pode ser considerado cúmplice destes crimes, afirmou Marcelo Marquesini, coordenador da Campanha Amazónia do Greenpeace.Portugal é o quinto maior importador mundial de madeira da Amazónia brasileira, de acordo com a Quercus. Hélder Spínola, presidente da associação, considera que é tempo de Portugal assumir a sua responsabilidade e não fechar os olhos às actividades ilegais que ocorrem nos países produtores.
Conheçam e divulguem a importância da certificação de madeira, a Forst Stewarship Council FSC . Trata-se de uma estratégia que poderá inverter a tendência de desflorestação no mundo e o combate á corrupção.Por exemplo o contraplacado amigo-do-ambiente utilizado pelos activistas da Quercus e do Greenpeace é certificado pelo Forest Stewarship Council (FSC).
80% das florestas primárias do planeta foram já degradadas ou destruídas, e apenas 20% permanecem intactas. As florestas tropicais da Indonésia estão a desaparecer a um ritmo inigualável no planeta. Uma área equivalente à da Bélgica é destruída todos os anos (aproximadamente 30 mil km2, 1/3 da área de Portugal). Os nossos governos estão a falhar na protecção das florestas primárias da destruição através do corte ilegal e destrutivo.( Dados de 2004)