Por mais que pareça uma pergunta
simples, não é. Pois o conceito de solo varia de acordo com a sua utilização:
Engenharia civil: material escavável, que perde
sua resistência quando em contato com a água.
Agronomia: camada superficial de terra
arável, possuidora de vida microbiana.
Arqueologia: material no qual se encontram
registros de civilizações e organismos fósseis.
Geologia:produto do intemperismo físico
e químico das rochas.
Pedologia: camada viva que recobre a
superfície da terra, em evolução permanente, por meio da alteração das rochas e
de processos pedogenéticos comandados por agentes físicos, biológicos e
químicos Esta é a ciência que estuda a formação do solo, e foi iniciada na
Rússia por Dokuchaiev no ano de 1880.
O solo é
o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem
lentas, sendo que as condições climáticas e a presença de seres vivos são os
principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na rocha até a formação
do solo.
Todo este
processo leva muito tempo para ocorrer. Calcula-se que cada centímetro do solo
se forma num intervalo de tempo de 100 a 400 anos! Os solos usados na
agricultura demoram entre 3000 a 12000 anos para tornarem-se
produtivos. (EMBRAPA)
Independente dos conceitos acima, o solo é um
componente biótico complexo, mas facilmente degradado pelas ações antrópicas
como: poluição e contaminação.Voce sabe qual é a diferença entre poluição e
contaminação?
Segundo o dicionário de Direito Ambiental,
tem-se:
Contaminação
ambientalé a introdução, no meio ambiente, de agentes que afetam negativamente
o ecossistema, provocando alterações na estrutura e funcionamento das
comunidades.
Poluição
ambiental é a alteração das condições físicas, químicas ou biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas, em níveis capazes de, direta ou indiretamente, serem
impróprias, nocivas ou ofensivas à saúde, à segurança e ao bem-estar da
população; pode criar condições adversas às atividades sociais e econômicas;
ocasionar danos à flora, à fauna, a outros recursos naturais, às propriedades
públicas e privadas ou à paisagem urbana.
II- Solos
contaminados
“O
ser humano sempre alimentou a idéia de
que o solo teria uma capacidade ilimitada para assimilar cargas poluidoras, de
maneira que todo o descarte de resíduos seria totalmente assimilado , sem
maiores conseqüências .” ( Alfredo Carlos C.Rocca)*
Atualmente sabe-se que não é verdade a idéia acima, pois
a capacidade do solo é limitada e os
contaminantes podem permanecer por longos anos no solo alterando a qualidade e
o tornando impróprio para uso.
Por mais que existam muitas áreas contaminadas em nosso
estado, e também em nosso país, essas áreas só representam risco para o meio
ambiente e para saúde humana quando envolve o uso e ocupação do solo , no qual
os contaminantes presentes excederem os limites considerados aceitáveis,se
existirem receptores sensíveis e a
possibilidade de ocorrer algum impacto negativo.
Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) - lei federal nº 6.938/81, o solo é um dos bens a ser protegido. Mas
infelizmente não é posta em prática essa proteção, já que cada vez mais novas
áreas contaminadas se agregam às existentes. E assim, faz-se necessárias
implantações de políticas ambientais que utilizem instrumentos para idntificação e remediação destas áreas,
prevenindo ou diminuindo os riscos
existentes.
Érica Sena- 11/08/2010
Bibliografia consultada por mim:
·Rocca, Alfredo C.C.-Os passivos ambientais e
a contaminação do solo e das águas subterrâneas- Livro Modelos e ferramentas de
GA,2006- SENAC- pág 247-284.
Pesquisando na internet sobre esse assunto achei um site que explica de forma simples e clara a contamunação do solo.
Leia:
O uso da terra para
centros urbanos, para as atividades agrícola, pecuária e industrial tem
tido como conseqüência elevados níveis de contaminação. De fato, aos usos
referidos associam-se, geralmente, descargas acidentais ou voluntárias de
poluentes no solo e águas, deposição não controlada de produtos que podem
ser resíduos perigosos, lixeiras e/ou aterros sanitários não controlados,
deposições atmosféricas resultantes das várias atividades, etc. Assim, ao
longo dos últimos anos, têm sido detectados numerosos casos de
contaminação do solo em zonas, quer urbanas, quer rurais.
A contaminação do
solo tem-se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez que,
geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada
(solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo
mesmo estar na origem de problemas de saúde pública.
Regra geral, a
contaminação do solo torna-se problema quando:
há uma fonte de
contaminação;
há vias de
transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área
contaminada;
há indivíduos e bens
ameaçados por essa contaminação.
O problema pode ser
resolvido por:
remoção dos indivíduos
e/ou bens ameaçados;
remoção da fonte de
poluição;
bloqueamento das vias
de transferência (isolamento da área).
III- Medidas de recuperação do solo
Se o estudo de
solos contaminados é recente, a investigação e desenvolvimento de
processos e tecnologias de tratamento é-o ainda mais. A abordagem das
áreas contaminadas considera, normalmente, três fases fundamentais:
Identificação das áreas
contaminadas (inventários);
Diagnóstico-avaliação
das áreas contaminadas;
Tratamento das áreas
contaminadas.
Atualmente
consideram-se três grandes grupos de métodos de descontaminação de solo:
descontaminação no
local ("in-situ");
descontaminação fora do
local ("on/off-site");
confinamento/isolamento
da área contaminada.
Esta 3ª opção não
se trata verdadeiramente de um processo de descontaminação, mas sim de uma
solução provisória para o problema. O tratamento do solo como metodologia
de recuperação de áreas contaminadas é uma alternativa cada vez mais
significativa relativamente à sua deposição em aterros sanitários, devido
essencialmente ao aumento dos custos envolvidos.
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