Os fogos e o direito de propriedade - é necessário uma Reforma
Sustentabilidade

Os fogos e o direito de propriedade - é necessário uma Reforma


Subscrevo inteiramente o texto que recebi por mail de Carlos Aguiar, atraves da lista Ambio.Creio que desperta uma série de questões importantes para um debate e urgência da Reforma da propriedade no nosso País, como meio preventivo de gerir e combater o flagelo dos fogos que envergonha o País.

Por Carlos Aguiar

A limitação dos direitos de propriedade deveria ser estendida aos baldios, quando não acabar com esta figura legal de propriedade.

Depois, há as tais áreas marginais. Espaço de fora de ZIF’s e PROF’s, que ninguém quer, nem sabe como gerir ou com que objectivos gerir. As áreas marginais são demasiado pobres para a floresta e agricultura, extensivamente pastadas (quando o são) por uma pastorícia de percurso sem futuro, porém importantes no fornecimento de importantes serviços ecossistémicos (e.g. ciclo da água, refugio de biodiversidade, etc.) não valorizados pelo
mercado. Deste modo, que o expliquem os economistas subscritores da lista, o estado deveria entrar em cena, como o faz, por exemplo, na segunda pátria do liberalismo, nos EUA.


Está o estado português preparado, e com vontade, para gerir entre 10 e 20% do território nacional, isto é de 1 milhão a 2 milhões de hectares? Não creio. Mais. Estão os proprietários ausentes ou incompetentes dispostos a perder direitos de propriedade; também acho que
não. E ... profissionalizar bombeiros? Privatizar a caça? Cadastro da propriedade rústica?

Formação de um corpo técnico de gestores de áreas marginais? etc. Não, não se adivinha.

Portanto, não são de esperar grandes modificações ao actual cenário de fogo em Portugal continental nos tempos que se aproximam. Porque o que ardeu em 2003 pronto entrará na fileira do fogo e o que este ano arder também não demorará muito.

Entretanto, o fogo retém o coberto vegetal em estádios sucessionais muito regressivos, quando melhores e mais serviços poderiam ser fornecidos à nossa espécie pelo território continental português emerso. É pena, não tanto por nós, gerações actuais, porque para nós os fogos têm um impacto pouco significativo: os serviços que a terra actualmente nos fornece aparentemente bastam-nos!


O maior impacto dos fogos actuais acontecerá nas geração futuras porque herdarão um território profundamente oligotrofizado, de baixa produtividade.



loading...

- Entenda A Polêmica Em Torno Do Novo Cód. Florestal
Se vc, está meio perdido sem entender o que está acontencendo com o nosso Código Florestal, leia esse texto Novo projeto altera as áreas de terra em que será permitido o desmate e as punições para quem já desmatou. O que é o Código Florestal?...

- Encontros Improváveis: Eduardo Galeano E Adrian Borland
No Dia Mundial do Trabalhador- uma sonora reflexão "O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas. Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes...

- Mitos E Verdades Sobre O Fogo E A Floresta - A Ler, Partilhar, Debater
1.Este ano ardeu mais, ou menos, do que a média da última década? Até 15 de Agosto, segundo os dados da Autoridade Florestal Nacional, arderam 71.687 hectares, ou seja, menos 30.962 hectares que a média dos últimos dez anos no mesmo período. Esta...

- O Descodificador - Lutas Sociais,ogm, Propriedade, Interesses Económicos- Texto De Boaventura De Sousa Santos
Imagem retirada daqui onde podem visulizá-la mais ampliada O Descodificador Publicado na Visão em 30 de Agosto de 2007 Fonte: Centro de Estudos Sociais Frequentemente, um pequeno acontecimento revela aspectos da vida colectiva que, apesar de importantes,...

- O País Num Pasto De Chamas
Primeiro era apenas a Natureza e alguns ajustes de contas, até mais ou menos os finais dos anos 80 ( alguém me corrija, se estiver errado). De seguida os fogos postos: primeiro os pirómanos, depois eram os madeireiros, mais recentemente os interesses...



Sustentabilidade








.