Sustentabilidade
O novo colonialismo - landgrabbing
Um novo e feroz colonialismo ameaça o equilíbrio já tão precário deste planeta, agravando a injusta distribuição de riqueza, agravando as emissões de CO2 para a atmosfera devido a transportes, e com certeza não melhorando as condições de vida de povos que já não as têm dignas.
Com o objectivo de cultivar terras para alimentar os seus próprios países, ou, muito pior, para a produção de bio-combustíveis, grandes empresas compram autênticas regiões nos países pobres de África, Ásia e América do Sul com promessas de desenvolvimento económico local, mas que, sem qualquer controlo, serão apenas modos de elas próprias enriquecerem, contribuindo para o esgotamento de recursos e desequilíbrios dos ecossistemas dos países ou regiões alvos. Em risco ficam a alimentação dos locais, que sobreviviam do cultivo dessas terras, a integridade dos ecossistemas, pela utilização de monoculturas, pelo uso excessivo de pesticidas e fertilizantes, a água, que para além do risco de poluição fica sujeita a esgotar através do "watergrabbing"
Melhor do que eu poderia dizer, vou transcrever parte de dois artigos em dois blogues que sigo, que valem bem a pena serem lidos integralmente:
De Rui Herbon, em A Escada de Penrose:
"Landgrab e landgrabbing são dois termos que aparecem frequentemente nas notícias, em especial nas que se referem a África, e aos quais convém encontrar equivalentes em português, já que se referem a problemas que não só não vão desaparecer da actualidade, senão que podem adquirir especial importância. Ambos têm que ver com a ocupação de terras, como a dos portugueses no Brasil, por exemplo, ou a dos europeus em África, quando repartiram o continente. Só que agora não se trata de uma conquista pelas armas, mas pelo dinheiro, que permitiu que uma série de países ricos tenham conseguido o controlo de 15 a 20 milhões de hectares na Ásia, América Latina e, sobretudo, em África. ..."
Continuar a ler aqui.
De Octávio Lima, em Ondas 3
"Um novo tipo de colonialismo avassala o mundo, com os ricos a tomarem posse de terras em países pobres e famintos para produzirem alimentos de que necessitam em troca de alegados empregos e investimentos em infraestruturas, escreve o The Independent, de Domingo, 9 de Agosto. Tudo através de acordos secretos com os governos locais. ..."
Continuar a ler aqui.
A notícia em The Independent analisa a questão em vários aspectos - políticos, económicos, sociais e ambientais, e conclui:
"Food touches something very deep in the human psyche. Do not expect either side to give up without a fight"
E terão capacidade de luta esses povos pobres, pela sua terra e pelo seu próprio alimento se não forem ajudados por organizações internacionais?
Fontes: The Independent, blogue A Escada de Penrose e blogue Ondas 3; Imagem: The Independent
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