Sustentabilidade
O litoral brasileiro é reconhecido como um dos ambientes mais ricos do mundo em biodiversidade em seus mais de oito mil quilômetros de extensão. Nesse espaço, é possível encontrar uma vasta diversidade de paisagens como falésias, dunas, praias, mangues, baías, restingas e mais de mil espécies de peixes, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Além de apresentar uma enorme biodiversidade, os ecossistemas costeiros e marinhos possuem importância essencial à nossa sobrevivência por conta dos serviços ambientais que proporcionam, como alimentos, manutenção do clima, purificação da água, controle de inundações e proteção costeira.
Por outro lado, a costa brasileira tem sofrido com o crescimento desequilibrado das cidades, a consequente expansão imobiliária e a poluição. Isso sem falar da pesca, que é intensa e feita muitas vezes de forma desordenada.
A situação é agravada pelo fato de que, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), apenas 1,57% dos 3,5 milhões de km2 do mar sob jurisdição do Brasil está sob proteção de unidades de conservação.
Segundo Emerson Oliveira, coordenador de Ciência e Informação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o mercado nacional está aquecido e favorecendo as atividades pesqueiras no mar, já que algumas das espécies de peixes e crustáceos mais consumidas são de água salgada. Entre estas, porém, pelo menos cinco estão sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação (espécies que são capturadas com muita frequência e podem entrar em extinção no futuro caso sua pesca não seja controlada): sardinha, namorado, merluza, garoupa e camarão-rosa.
Para contornar situações como essa e também conscientizar a população, instituições brasileiras têm trabalhado em torno de ações para promover a conservação do ecossistema marinho. Desde 1990, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza já apoiou 193 iniciativas no ecossistema.
Na região Nordeste, por exemplo, podemos destacar o apoio a onze iniciativas que visam a estudar e conservar o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), mamífero aquático ameaçado de extinção. Nas águas do Sul, estudos têm priorizado a conservação das toninhas (Pontoporia blainvillei), uma das menores espécies de golfinho do mundo. Uma das principais motivações disso é o fato de que, até 1990, havia poucos dados sobre a espécie, dificultando a definição de seu status de conservação. A partir de pesquisas, a espécie foi reconhecida como ‘vulnerável’ pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Foi também graças a uma dessas pesquisas, promovida pelo pesquisador Emanuel Carvalho Ferreira da ONG KAOSA, que a instrução normativa nº 12, de 22 de agosto de 2012 do Ministério da Pesca e Aquicultura foi implementada. Ela apresenta limites para o tamanho das redes de emalhe, técnica usada para a captura desses animais. Outro bom exemplo é a pesquisa conduzida por Ierecê Lucena Rosa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sobre cavalos-marinhos (Hippocampus spp.) em toda a costa brasileira. Com o apoio da Fundação Grupo Boticário, ela disponibilizou o primeiro banco de dados sobre a espécie no país.
Quando o assunto é a conservação do ecossistema marinho, a criação de unidades de conservação de proteção integral é essencial. Uma de nossas iniciativas apoiadas foi determinante para a criação do Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais, no Paraná, em 2013. Ele é composto por três ilhas oceânicas e fica na região do Lagamar, importante berçário da vida marinha e para a reprodução e sobrevivência de várias espécies de aves.
Para acompanhar o trabalho da Fundação Grupo Boticário, acompanhe os perfis da instituição nas redes sociais e acesse o site: www.fundacaogrupoboticario.org.br.
Sobre a Fundação Grupo Boticário – A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.397 projetos de 472 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis.
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Sustentabilidade
O mar está para... pesquisas! Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza
O litoral brasileiro em foco:
Aprofundar o conhecimento sobre o ecossistema marinho e ajudar a conservá-lo são os objetivos das pesquisas apoiadas pela Fundação Grupo Boticário
O litoral brasileiro é reconhecido como um dos ambientes mais ricos do mundo em biodiversidade em seus mais de oito mil quilômetros de extensão. Nesse espaço, é possível encontrar uma vasta diversidade de paisagens como falésias, dunas, praias, mangues, baías, restingas e mais de mil espécies de peixes, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Além de apresentar uma enorme biodiversidade, os ecossistemas costeiros e marinhos possuem importância essencial à nossa sobrevivência por conta dos serviços ambientais que proporcionam, como alimentos, manutenção do clima, purificação da água, controle de inundações e proteção costeira.
Por outro lado, a costa brasileira tem sofrido com o crescimento desequilibrado das cidades, a consequente expansão imobiliária e a poluição. Isso sem falar da pesca, que é intensa e feita muitas vezes de forma desordenada.
A situação é agravada pelo fato de que, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), apenas 1,57% dos 3,5 milhões de km2 do mar sob jurisdição do Brasil está sob proteção de unidades de conservação.
Segundo Emerson Oliveira, coordenador de Ciência e Informação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o mercado nacional está aquecido e favorecendo as atividades pesqueiras no mar, já que algumas das espécies de peixes e crustáceos mais consumidas são de água salgada. Entre estas, porém, pelo menos cinco estão sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação (espécies que são capturadas com muita frequência e podem entrar em extinção no futuro caso sua pesca não seja controlada): sardinha, namorado, merluza, garoupa e camarão-rosa.
Para contornar situações como essa e também conscientizar a população, instituições brasileiras têm trabalhado em torno de ações para promover a conservação do ecossistema marinho. Desde 1990, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza já apoiou 193 iniciativas no ecossistema.
Na região Nordeste, por exemplo, podemos destacar o apoio a onze iniciativas que visam a estudar e conservar o peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), mamífero aquático ameaçado de extinção. Nas águas do Sul, estudos têm priorizado a conservação das toninhas (Pontoporia blainvillei), uma das menores espécies de golfinho do mundo. Uma das principais motivações disso é o fato de que, até 1990, havia poucos dados sobre a espécie, dificultando a definição de seu status de conservação. A partir de pesquisas, a espécie foi reconhecida como ‘vulnerável’ pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Foi também graças a uma dessas pesquisas, promovida pelo pesquisador Emanuel Carvalho Ferreira da ONG KAOSA, que a instrução normativa nº 12, de 22 de agosto de 2012 do Ministério da Pesca e Aquicultura foi implementada. Ela apresenta limites para o tamanho das redes de emalhe, técnica usada para a captura desses animais. Outro bom exemplo é a pesquisa conduzida por Ierecê Lucena Rosa, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), sobre cavalos-marinhos (Hippocampus spp.) em toda a costa brasileira. Com o apoio da Fundação Grupo Boticário, ela disponibilizou o primeiro banco de dados sobre a espécie no país.
Quando o assunto é a conservação do ecossistema marinho, a criação de unidades de conservação de proteção integral é essencial. Uma de nossas iniciativas apoiadas foi determinante para a criação do Parque Nacional Marinho das Ilhas dos Currais, no Paraná, em 2013. Ele é composto por três ilhas oceânicas e fica na região do Lagamar, importante berçário da vida marinha e para a reprodução e sobrevivência de várias espécies de aves.
Para acompanhar o trabalho da Fundação Grupo Boticário, acompanhe os perfis da instituição nas redes sociais e acesse o site: www.fundacaogrupoboticario.org.br.
Sobre a Fundação Grupo Boticário – A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.397 projetos de 472 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis.
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