Sustentabilidade
O aumento das desigualdades
«A democracia tem por pressuposto básico a igualdade de direitos dos cidadãos e o combate aos privilégios. Quando a desigualdade é ferida, abre-se espaço para o conflito de classes, a criação de elites privilegiadas, a subordinação de grupos, a corrupção, fenómenos visíveis em nossas democracias de baixíssima intensidade.
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Livro e Thomas Piketty (imagem composta daqui e daqui) |
Piketty não vê caminho mais curto para diminuir as desigualdades do que a severa intervenção do Estado e da taxação progressiva da riqueza, até 80%, o que apavora os super-ricos. Sábias são as palavras de Eric Hobsbown: “O objetivo da economia não é o ganho mas sim o bem-estar de toda a população; o crescimento económico não é um fim em si mesmo, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas”.»
Estes é um extrato do texto de Leonardo Boff referindo-se ao livro de Thomas Piketty "O capital no século XXI" (2013) e às críticas acérrimas de que tem sido alvo (com certeza pelos que querem manter as desigualdades a crescer) . Vale mesmo a pena ler o artigo completo de Boff em:
"O pavor dos abastados: a desigualdade e a taxação das riquezas", Leonardo Boff, 25/5/2014
Quanto ao livro de Thomas Piketty, apenas dei uma vista de olhos a alguns dos documentos publicados no site da Ecole d'Economie de Paris, e ao que parece, deve ser muito interessante. Senão, vejamos alguns gráficos e algumas conclusões de "O capital no século XXI":
"Entre 1987 a 2013, o número de bilionários por 100 milhões de adultos passou de 5 para 30, e a sua parte no património mundial privado passou de 0,4% para 1,5% " Piketty, 2013 (daqui)
"De 1987 a 2013, as maiores fortunas do mundo cresceram entre 6 e 7% por ano, enquanto o património médio mundial cresceu 2,1% e o rendimento médio mundial cresceu 1,4%." Piketty, 2013 (daqui)
«A história da distribuição da riqueza é sempre uma história profundamente política, caótica e imprevisível; envolve as representações coletivas, as identidades nacionais e reversões dramáticas; ninguém pode prever os impactos do futuro; os equilíbrios oligárquicos são instáveis."
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A solução ideal: imposto progressivo sobre o capital no mundo, com base na troca automática de informações bancárias.»
Fonte: Piketty, 2013 (daqui)
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