Nuvens radioativas contêm elementos perigosos para a saúde
Césio, plutônio e urânio são algumas das substâncias presentes nas nuvens radioativas. Físicos alertam que algumas delas podem levar séculos para deixar de causar danos à saúde. A primeira explosão, que aconteceu no sábado, arrancou o teto do prédio do reator número um da usina de Fukushima. Desde segunda-feira houve incêndios e novas explosões em outros três reatores. Cada acidente liberou uma nuvem radioativa na atmosfera.
Ninguém sabe exatamente a composição delas, mas em acidentes anteriores os físicos encontraram nas nuvens radioativas elementos perigosos como:
césio- leva 300 anos para se tornar insignificante para a saúde;
plutônio- leva mais de 243 mil anos para perder o efeito;
urânio, o pior deles- que precisa de 45 bilhões de anos.
Para os japoneses, a pior situação seria se a chuva ou a neve trouxessem esses elementos para o chão. Isso concentraria toda essa radiação numa área muito pequena.
“O ar vai ficar mais limpo para quem está ali respirando, por outro lado dependendo da intensidade da poluição no local, vai acumular esse poluente em plantas”, explica Alberto Avellar Barreto, engenheiro do Centro de Desenvolvimento de Energia Nuclear – CNEN.
Os japoneses torcem para que os ventos levem a nuvem radioativa para o pacífico. Se isso acontecer, o material cairá sobre o oceano e ficará disperso numa área muito maior.
“Ela poderá, numa condição favorável, ir para o oceano o que diminuirá o impacto do acidente”, explica Barreto.
Ser humano contaminado com radioatividade
Para saber se a pessoa esta contaminada é preciso fazer exames específicos de fezes e de urina. Outro processo é por um contador Geiger que registra se ha ou não radioatividade. Quando o equipamento chega perto de um pacote de urânio, ele emite um sinal sonoro e marca o nível de contaminação.
A radiação danifica o DNA que está o núcleo das células. Quando isso acontece elas podem se reproduzir de forma desordenada. O resultado são vários tipos de câncer.
“Dependendo do nível de radiação e dependendo da quantidade incorporada, pode levar a morte”, diz Tetsuaki Wakabayashi, supervisor de rádio proteção – CNEN.
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