Quem vê Juliana Páffaro, proprietária e estilista da marca infantil Pistache & Banana, não diz que ela é uma business woman. (...) [Ao estudar criação de moda na Inglaterra,] Juliana encontrou gente do mundo todo e entrou em contato com a filosofia do comércio justo e sustentável. Adorou a idéia e percebeu que roupas infantis feitas com matéria-prima orgânica eram bem recebidas pelos consumidores. De volta ao Brasil, abriu sua própria marca. Procurou fornecedores que produzissem algodão orgânico e só encontrou um, em Guaricê, no Paraná. (...)Foto ilustrativa por: colcerex/stock.xchng
No comércio justo e sustentável todos ganham. Os lucros são divididos por todos que participam da produção. O consumidor recebe um produto sem cargas de sacrifício humano ou ambiental. Os custos, no entanto, são elevados. Por isso, Juliana buscou parcerias. (...)
Este mês, a empresária inaugura sua primeira loja, na Vila Madalena, em São Paulo. (...) Juliana investiu R$ 180 mil no novo endereço, que traduz com perfeição o conceito ecológico da marca. As paredes são pintadas com pigmentação natural, a água da chuva armazenada para regar os jardins, os ladrilhos e as madeiras são de demolição. 'A loja nasceu da necessidade de passar a mensagem da marca para o público. O conceito da Pistache & Banana ficava perdido em multimarcas', diz Juliana.
E ela adianta que não irá abrir mão dos seus princípios: 'Não existe promoção ou liquidação na Pistache & Banana. Não trabalho com coleções porque, naquilo que acredito, um produto não pode ser perecível. E, ao mesmo tempo, não posso desrespeitar o consumidor que comprou a minha roupa em um dia, abaixando o preço em outro'. E as peças que não saem? A opção é a reciclagem. 'Normalmente acrescento algum detalhe ou reaproveito o tecido em uma nova criação', afirma Juliana.