Na avaliação de Minc, fundos propostos pelo G-8 são insuficientes/Foto: José Cruz/ABr
Os países ricos e emergentes deixaram de conseguir um acordo sobre a redução de gases poluentes no encontro entre o G-8 e o G-5, em L'Aquila, na Itália, porque faltou a garantia dos recursos necessários para atingir essas medidas. A avaliação foi feita na sexta-feira, 10 de julho, pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, depois de ele participar do 4º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo.
“Eles dizem que esse recursos viriam do setor público e do mercado de carbono. Nós achamos que essas duas fontes são insuficientes para os dois fundos necessários”, informou o ministro.
De acordo com Minc, são necessários dois fundos para combater as emissões de gases, um para reduzir a poluição e outro para realizar adaptações necessárias às mudanças climáticas que já são inevitáveis. Cada um dos fundos necessitaria, segundo estimativa do ministro, de US$ 1,2 bilhão ao ano.
Uma das alternativas para conseguir o dinheiro suficiente para os aportes propostos, além dos recursos públicos e do mercado de carbono, seria “uma taxação do petróleo ou sobre alguma atividade emissora de carbono”, apontou Minc.
O ministro ressaltou que no Brasil as regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas são o “Nordeste, que deve perder um terço da sua economia até o fim do século, com a elevação de dois graus, e as áreas litorâneas, por causa da inundação, sobretudo áreas favelizadas próximas a rios”.
Em L'Aquila, os países ricos e os emergentes concordaram em limitar o aumento do aquecimento global em dois graus Celsius. (13/7)
Fontes: Eco desenvolvimento e eco4planet