Os geradores que produziram parte da energia usada no palco principal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana, nos telões ao longo da orla e nos sistemas de som foram alimentados por biodiesel. O produto é resultado da transformação de resíduos de óleo de fritura, pelo projeto Bioplanet, em óleo diesel.
Segundo a presidenta do Conselho da Biotechnos, proponente do Bioplanet, Márcia Werle, os 5 mil litros de biodiesel, usados durante a jornada, impediram que 60 milhões de litros de água fossem contaminados pelo óleo de fritura recolhido na capital fluminense. O biocombustível foi produzido na unidade do Rioplanet instalada no Polo de Sustentabilidade, em Honório Gurgel, na zona norte da cidade, com a transformação do óleo de fritura. Segundo Marcia Werle, o projeto tem ao todo 40 arranjos produtivos nas cidades-sede da Copa do Mundo e nos principais centros de treinamento.
O óleo de cozinha usado foi recolhido por cooperativas de catadores no projeto do Rioplanet que faz a coleta nas comunidades. “É um projeto socioambiental. O recolhimento é feito por essas cooperativas e gera renda para elas. O óleo está saindo do meio ambiente e estamos produzindo biodiesel, que é diferente por ser oriundo de oleaginosas”, disse.
O projeto Rioplanet tem ainda um programa de educação ambiental. Segundo Marta, alunos de várias escolas da rede pública do Rio já visitaram a unidade de produção do biodiesel. “A proposta é ter uma meta de produção de 50 mil litros de biodiesel neste arranjo exclusivamente a partir de óleos residuais”, explicou, acrescentando, que para chegar a esse total precisa trabalhar com 50 mil litros de óleo residual de fritura.
De acordo com a presidente, além evitar a contaminação de 60 milhões de litros de água, a ação capturou algo equivalente a 12,6 toneladas de gás carbônico . “Segundo estudos da Universidade de São Paulo, se utilizar 20% de mistura do biodiesel ao óleo diesel tem uma redução de 60% na emissão dos gases poluentes daquele motor. Então o biodiesel usado nesses geradores vai provocar esta redução”, explicou.
Márcia Werle informou que todos os peregrinos inscritos na Jornada receberam a mensagem sobre a utilização do produto e do resultado disso para o meio ambiente. “Todos vão saber que ao precisar descartar o óleo de fritura não devem fazer isso no ralo da pia e que precisam dar um destino correto”, disse. Ela ressaltou que algo em torno de 1,495 bilhão de litros de fritura ainda são descartados no Brasil, ao ano.(Cristina Indio do Brasil- Repórter da Agência Brasil)
Além disso, a cruz de luz instalada próximo ao altar, na Praia de Copacabana, zona sul do Rio, onde o Papa Francisco participou dos principais eventos da JMJ, foi iluminada por um sistema próprio de energia solar.
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Fonte: Agência Brasil