É certo que a relação homem-natureza vem mudando de forma cada vez mais rápida e, ao mesmo tempo preocupante neste século. Nos primórdios, o homem encarava o meio ambiente como algo maior que suas próprias ações. O homem, até certo ponto, era refém da natureza. Dependia dela para sua própria subsistência. Desenvolveram-se os instrumentos, as tecnologias e com elas novas formas de dominar este “ser” maior. O homem parte, então, para controlar, através de suas ações a natureza. O conhecimento científico difunde-se e a visão humana de mundo muda de um enfoque religioso para científico. Portanto, a ciência afasta o homem da religião. Com ela novos hábitos são difundidos.
No século XXI, especificamente, a ação do homem sobre a natureza tem sido muito acentuada. A ocupação, extração e consumo de recursos naturais indicam que diversos limites da biosfera foram ultrapassados. E o limite do processo de desenvolvimento econômico (hoje muito confundido com crescimento econômico) é dado pela capacidade de regeneração do meio ambiente. Este está cada vez mais reduzido.
Minhas ultimas leituras, fora as da monografia, dão conta de uma forma alternativa de enfoque econômico ambiental. Falo da economia ecológica. Essa vertente tem surgido com força nas ultimas décadas. Atentam para uma mudança de paradigmas na abordagem econômica para com o meio ambiente. Sua concepção mais abrangende dá conta que a economia é subsistema de um sistema maior. Ou seja, a economia esta limitada, no seu processo de crescimento ilimitado, pelo meio ambiente. Seria então o fim da economia de mercado? Aquela que prioriza o crescimento ilimitado?
Estas são questões interessantes que podem render vários post. Mas, para sintetizar o tema procuro falar um pouco da economia ecológica e tentar mostrar que o problema atual parece ser a escala da economia em relação ao meio ambiente. Outros pontos também merecem destaque como a própria sustentabilidade.
MERICO, Luiz Fernando Krieger. Introdução à economia ecológica. 2. ed. Blumenau: EDIFURB, 2002.