e de como a sua existência está eminente. Estando as economias tão dependentes desta fonte energética, é absolutamente necessário diminuir esta dependência para evitar o colapso.
Lentamente, as
energias renováveis emergem, mas ainda estão longe de conseguir ter a capacidade e a eficiência para acabar com o consumo do petróleo. Dependem do sol, do vento, dos avanços tecnológicos, de apoios ao seu desenvolvimento, e de muitos outros factores. São uma aposta
absolutamente necessária, mas infelizmente,
não suficiente.
A par das apostas tecnológicas nas energias renováveis e na melhoria da eficiência energética dos edifícios, dos equipamentos, das indústrias e dos transportes, há que tornar as nossas sociedades menos dependentes desse combustível para que possam ter capacidade de enfrentar a crise económica que advirá do pico do petróleo. Outras soluções aparentemente "miraculosas" poderão aparecer, como o caso da energia nuclear "limpa", mas, para além de ainda estarem em fase "embrionária", sabemos que também o urânio não é inesgotável. A solução terá de passar forçosamente pela alteração de comportamentos e estilos de vida, pela mudança de paradigma e pela redução do consumo.
A Rede de Transição tem uma resposta a esta questão. Iniciou-se na cidade irlandesa de Kinsale, e na cidade inglesa de Totnes, baseado no "modelo de transição" de Rob Hopkins. Já se alargou a vários países e continentes em mais de cem comunidades de transição. Trata-se verdadeiramente de pensar global e agir local. E também de pensar local.
O tema das comunidades em Transição está a ser introduzido em Portugal através do colóquio, a realizar no próximo dia 10 de Abril, em Pombal, intitulado "Transição para uma Economia e Cultura Pós-carbono", organizado pela Associação Rio Vivo e o Projecto Coisas do Vizinho, com o apoio da Fundação Vox Populi. Se puder, dê um passeio até Pombal nesse sábado e entenda melhor o que é a Transição. Programa e inscrições aqui.