Brasil na COP 15!
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Brasil na COP 15!


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a Conferência do Clima, que começou em Copenhague na última segunda, está experimentando tanta dimensão e importância porque o Brasil teve a coragem de apresentar "metas ambiciosas". A declaração foi dada nesta quarta-feira (9).

"Copenhague só vai ser o que vai ser porque o nosso país teve a coragem de, há um mês, apresentar as metas que apresentamos", disse o presidente.

Lula participou da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Em seu discurso, afirmou que países como China e Estados Unidos perceberam que o momento é importante para discutir a questão do clima graças à teimosia da equipe do governo envolvida na elaboração da proposta apresentada pelo Brasil.

Segundo Lula, só o plano de redução de desmatamento da Amazônia elaborado pelo governo é maior que toda proposta do presidente Barack Obama. (Fonte: Folha Online)

Brasil e outros países vão apresentar carta alternativa em Copenhague

 Um documento alternativo à carta vazada na terça-feira (8), feito pelo Brasil, África do Sul, Índia e China, vai ser apresentado em Copenhague, na cúpula que discute o aquecimento global.

Segundo publicou o jornal "The New York Times" nesta quarta-feira (9), ele não faz menção a compromissos específicos da parte destes países para redução de metas de emissões de gases, e rejeita a auditoria externa de projetos para redução das emissões, que seriam financiados domesticamente, ou seja, por conta própria.

O texto vem em resposta ao documento que circulou ontem na conferência, cuja redação das 13 páginas foi atribuída ao país anfitrião da Conferência, a Dinamarca. No documento, havia um tópico marcado como mecanismo para ajuda a lidar com o impacto da mudança climática, que prevê mais fiscalização por parte dos doadores de recursos (nações ricas) do que as nações em desenvolvimento desejam.

Foi o suficiente para ser o estopim de uma discussão fundamentada no abismo de desenvolvimento entre países ricos e pobres, em vez da argumentação científica do aquecimento global.

O suposto texto constitui "uma grave violação que ameaça todo o processo de negociação de Copenhague", declarou Lumumba Stanislas Dia Ping, chefe da delegação sudanesa que preside atualmente o G77.

"Os membros do G77 não deixarão as negociações neste estágio. Não podemos nos permitir um fracasso em Copenhague", acrescentou.

O texto --que seria um rascunho para o novo acordo contra o aquecimento-- circula há cerca de duas semanas em diferentes delegações e apareceu nesta terça-feira nos corredores da conferência.

Várias ONGs também denunciaram a Dinamarca, que preside a conferência mundial sobre o clima, por não levar em conta o ponto de vista dos países em desenvolvimento em seu projeto de declaração.

"O texto proposto pelo primeiro-ministro dinamarquês é fraco e mostra a posição elitista e sem transparência da presidência dinamarquesa", criticou Kim Carstensen, da organização WWF.

"As táticas de negociações debaixo dos panos, sob a presidência dinamarquesa, se focalizam no desejo de agradar os países ricos em vez de servir à maioria das nações que pedem uma solução justa e ambiciosa", acrescentou.

Para Martin Kaiser, do Greenpeace, a falta de liderança do primeiro-ministro da Dinamarca, Lars Loekke Rasmussen, "alimenta a desconfiança na cúpula sobre o clima".

"A proposta dinamarquesa não deve distrair [os participantes]", avisou por sua vez Antonio Hill, da Oxfam International, sugerindo se concentrar no texto negociado há meses pelos diversos grupos de trabalho.

A Dinamarca sempre rejeitou firmemente a existência de um texto único que representaria sua proposta para o acordo que deve ser concluído no dia 18 de dezembro na presença de mais de cem chefes de Estado, mas reivindica o direito de testar diferentes cenários.

"Não existe um texto. Estamos há semanas e meses consultando os diversos países, é o nosso trabalho", afirmou a ministra dinamarquesa do Clima, Connie Hedegaard, em entrevista coletiva.

"Muitos textos circulam, mas o texto que talvez seja aprovado aqui (no dia 18) ainda não existe, então ninguém pode tê-lo visto', acrescentou. (Fonte: Folha Online)

Fonte: Ambiente Brasil, 10/12




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