Aumenta o consumo consciente de sacolas plásticas no país
Sustentabilidade

Aumenta o consumo consciente de sacolas plásticas no país



FRANCISCO DE ASSIS ESMERALDO

O que era apregoado por uma pequena parcela consciente da população, agora permeia todas as classes sociais: é preciso praticar os 3 R´s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) para combater o aquecimento global e tornar o planeta sustentável.

A percepção da importância dessa prática com relação às sacolas plásticas caminha muito bem. A população rapidamente percebeu que não se tratava de banir essas embalagens, mas sim de consumi-las conscientemente. Duráveis, práticas, leves, econômicas e impermeáveis, as sacolas plásticas consagraram-se como o meio ideal para transportar as compras. Higiênicas e atóxicas, têm sua utilização autorizada pela Anvisa para entrar em contato com alimentos e medicamentos. Tudo isso, com a vantagem de serem reutilizáveis e 100% recicláveis.

O que poucos sabem é que, além dessas vantagens, as sacolinhas plásticas também oferecem uma relevante contribuição ao meio ambiente. Por terem uma longa vida, elas armazenam por décadas o carbono e a energia que entraram em sua fabricação. Assim, contribuem para não agravar o efeito estufa. Sua reciclagem contínua permite a redução do consumo de matérias-primas não renováveis.

O consumidor vem sendo estimulado a utilizar responsavelmente as sacolinhas e não desperdiçá-las pelo Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, uma iniciativa da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, do Instituto Nacional do Plástico (INP) e da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief).

O programa recebeu o apoio da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e de suas filiadas nos Estados mais importantes do país. E espalhou-se pelo país, com resultados bastante promissores.

Em 2008, primeiro ano de implementação do programa, houve uma redução de 10,5% no número de sacolas fabricadas. No primeiro semestre de 2009, a redução subiu para 16,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Isto significa que, de 17,9 bilhões de sacolinhas fabricadas em 2007, o Brasil passou para 16,4 bilhões em 2008. Para 2009, a previsão é de 15 bilhões.

Isso foi possível graças ao cumprimento das várias etapas daquele programa. A primeira foi a fabricação de sacolas mais resistentes, dentro da Norma Técnica ABNT nº 14.937. Isso acabou com a necessidade de colocar um saquinho dentro do outro para transportar produtos mais pesados.

A segunda etapa foi o engajamento de 4 das 6 maiores redes de supermercados do país, que passaram a utilizar as sacolinhas resistentes e orientaram empacotadores, caixas e consumidores para aproveitarem a plena capacidade dessas embalagens.

Os consumidores também têm sido estimulados pelo governo e pela mídia a Reduzirem o consumo, Reutilizarem e Reciclarem as sacolas. A mais recente dessas iniciativas tem sido a veiculação de uma grande campanha publicitária nacional nos principais meios de comunicação do país, divulgando essas práticas.

É sempre oportuno lembrar outra alternativa para a redução do consumo dessas embalagens. As sacolas ecológicas – ecobags - estão na moda e ganharam espaço como alternativa ambientalmente amigável às necessidades cotidianas de transporte das compras. Essas ecobags, são também conhecidas como sacolas retornáveis ou como sacolas de ráfia, de tecido-não-tecido (TNT), de vinil, etc. Quando confeccionadas com esses plásticos, constituem-se numa opção que combina leveza, segurança, versatilidade, estilo, durabilidade e sustentabilidade. São fáceis de limpar sem a utilização de água e sabão, evitam contaminações pelos resíduos das compras e são impermeáveis, além de oferecerem diversas possibilidades de design. E mais, você pode usá-las em dia de chuva e transportar congelados sem qualquer transtorno devido à sua excepcional resistência e impermeabilidade.


Francisco de Assis Esmeraldo é engº químico, presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da FIESP, do Conselho



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