Aquecimento global: o que São Paulo tem a ver com isso?
O aquecimento global e suas conseqüências tem sido tema de ferrenhas discussões em todo o mundo. A verdade é que estamos vivendo um verdadeiro caos climático e nenhum país, estado ou cidade está livre dos impactos causamos no clima. Todos os anos enfrentamos enchentes, desabamentos, mortes e tragédias: é uma realidade preocupante que afeta o dia a dia de todos os cidadãos.
Quando avaliamos a contribuição do nosso Estado para a emissão de gases do efeito estufa, nos deparamos com um quadro alarmante: São Paulo é responsável direto por cerca de 5% das emissões do país, correspondendo a cerca de 130 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. O setor de transporte rodoviário sozinho responde por 30% das emissões paulistas, a maior parte produzida pelo consumo de energia fóssil (carvão, petróleo e derivados de petróleo). Vale lembrar que hoje o Brasil é o quarto maior emissor de gases do efeito estufa no mundo.
Esse é um problema sério que todos os governantes terão que enfrentar. A grande indagação é: quais são as medidas e propostas que podemos apresentar capazes de reverter esse processo? São Paulo possui atividade econômica e população comparáveis as da Argentina, podendo exercer papel de Estado Líder, induzindo melhorias em todo o país, uma vez que aqui se encontram as principais indústrias e o maior mercado consumidor. Abaixo listo as principais propostas para tornar São Paulo uma economia de baixa emissão de carbono:
1 - Atração de cadeias industriais e de serviços que produzam maior valor agregado e menos emissões. O melhor exemplo disso são os setores da economia criativa: moda, design, arquitetura, softwares, indústria do entretenimento, inovação em produtos etc.
2 - Investir em saneamento básico, reciclagem de resíduos sólidos e aproveitamento de gases em aterros sanitários;
3 – Reformar todos o sistema de transporte público para privilegiar o uso de combustível limpo e melhorar a mobilidade;
4 - Estimular pesquisas para desenvolver novas técnicas de agricultura e pecuária com menor impacto ambiental;
5 - Prioridade para a produção de bicombustíveis;
6 - Incentivos tributários para as indústrias que usarem meios alternativos de energia em todo seu processo produtivo;
7 – Proteger o que resta da Mata Atlântica e do Cerrado, valorizando atividades como o ecoturismo (uso econômico da biodiversidade)
Essas são apenas algumas ideias, propostas de execução imediata que podemos adotar para colocar o nosso estado no rumo certo em direção a uma nova economia: uma economia sustentável, menos poluidora, mais lucrativa e que traga mais qualidade de vida para toda a população.
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