A polêmica da sacola plástica
Sustentabilidade

A polêmica da sacola plástica


Meio ambiente, resíduos sólidos, consumo, hábitos, custo e as sacolas de plástico. Estes temas são recorrentes em debates ambientais, plenários políticos e na sociedade civil. A polêmica sobre o uso das sacolas ganha novas interpretações e discursos, porém, entre os consumidores do produto, ainda traz dúvidas quanto à sua viabilidade de uso ou banimento.
Uma palestra proferida pelo diretor superintendente do Instituto Nacional do Plástico (INP), Paulo Dacolina, exibiu dados que eximem as sacolas plásticas do título de vilãs do meio ambiente. O evento foi promovido pelo Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Ceará (Sindverde).

De acordo com o estudo apresentado, elaborado por ingleses, entre os diversos tipos de sacolas (saco de papel, sacolas biodegradáveis, de algodão e retornáveis), o plástico tem o melhor desempenho ambiental em oito das nove categorias avaliadas. “O problema está no desperdício, descarte, duplicidade e subutilização do produto”, observou Paulo.

“Não há como extinguir a sacolinha”. A afirmação de Paulo é justificada pela criação de um produto que, padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pode suportar um peso de até 6 quilos. “Assim é possível utilizar a sacola da forma adequada, em todo o seu espaço e sem precisar do uso duplo, para reforçar”, disse. O teste foi feito. Durante cerca de 30 minutos, o saco fornecido por Paulo, suportou, sem rasgos, seis mil gramas.

CUSTO-BENEFÍCIO

Para a confecção da sacola normatizada pela ABNT são necessários 4,5 g de polietileno. Considerando-se que para carregar o peso indicado, os consumidores costumam usar duas sacolas – 40 cm x 50 cm - , cada uma com 3,5 g da matéria-prima, haverá redução deste consumo. “A intenção do programa é que, até 2012, o consumo reduza em 30%”, destacou Paulo. As sacolas plásticas certificadas já fazem parte de 85% da produção nacional.

Em estimativa, a redução do uso destas sacolas entre 2007 e 2011, considerando as 10 empresas associadas ao programa, foi de 3,9 bilhões de unidades, o que representa 21,8%. O despertar tardio das indústrias de plástico quanto ao meio ambiente é relevante e impõe reflexões quanto às condições financeiras e a possibilidade de um desenvolvimento sustentável. As pequenas empresas, que não possuem subsídio suficiente para custear a certificação, ainda são um entrave.

Por Sara Oliveira - Jornal O Estado CE.



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