Sustentabilidade
28/11-09/12:  COP 17  em Durban, na África do Sul
 
 
Leia a matéria feita no site Terra da Gente sobre o início da COP17!
 
A tarefa da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas  (COP 17), que começa hoje e se estende até 9 de dezembro em Durban, na  África do Sul, não será fácil. Mais uma vez uma COP tenta avançar rumo a  um acordo global de redução das emissões de gases causadores do efeito  estufa.  
Não  é só isso. Outro ponto será ratificar o Protocolo de Kyoto, único  acordo climático existente (e consistente), em que a maioria dos países  desenvolvidos se comprometem a ter metas de redução das emissões (exceto  um dos maiores poluidores do mundo, os EUA, que nunca o assinou).
 O  Protocolo de Kyoto expira em 2012 e se não for estendido não haverá nada  em seu lugar. Ou seja, o que já está ruim ficará pior.  
O terceiro ponto a ser debatido por representantes de mais de 190  países que participam do encontro é estabelecer quem paga e quem recebe  dinheiro de um “fundo verde” climático. 
Atualmente, o maior emissor de  gases-estufa do mundo é a China, mas ela resiste em se comprometer com  metas de corte enquanto os EUA não o fizerem. Rússia, Japão e Canadá,  por sua vez, alegam não ver sentido em assumir novo compromisso enquanto  os maiores poluidores não o fazem. Mora aqui o impasse.  
A União Europeia representa o maior bloco de países ricos dispostos a  negociar algum compromisso. Mas infelizmente a conferência de Durban  acontece num momento conturbado, em que a salvação da economia parece  mais urgente que a do clima. 
Resultado: ela deve prejudicar outra grande  meta da COP 17, que é normatizar o funcionamento do “fundo verde”, um  mecanismo de financiamento de ações de redução de emissões e adaptação  às mudanças climáticas nos países pobres. A ideia é que haja US$ 100  bilhões ao ano disponíveis até 2020. Mas não se sabe, até agora, quem  vai colocar a mão no bolso para levar a proposta adiante.
  
O Brasil aposta suas fichas numa renovação do Protocolo de Kyoto. O  negociador brasileiro embaixador André Corrêa do Lago alerta que “há  praticamente um consenso de que nunca mais vai se conseguir um acordo  total”.
  Daí a importância de não se deixar morrer este. Corrêa do Lago  ressalta que desde a assinatura do protocolo, em 1997, havia a  determinação de que o primeiro período de compromisso seria revisto  entre 2008 e 2012. “Nenhum país quer sair de Kyoto pra fazer mais do que  faria em Kyoto. Todo mundo quer fazer menos”, comentou o diplomata  brasileiro na última semana, em Brasília.  
O Boticário presente no eventoA Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza também estará na  África do Sul durante a 17ª Conferência das Partes da Convenção - Quadro  das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 17). Quatro  representantes da instituição irão acompanhar as negociações entre as  partes, entre 5 e 9 de dezembro, a última semana de negociações, na qual  são estabelecidos os acordos mais importantes entre os países membros,  com a presença de Ministros e Chefes de Estado.  
Na Conferência propriamente dita, apenas as delegações oficiais dos  países membros possuem direito a voto. Os representantes da Fundação  Grupo Boticário estão credenciados e participarão na categoria de  observadores, além de fazer parte de palestras e reuniões técnicas de  capacitação, junto à delegação do governo brasileiro.  
A instituição também terá um estande para divulgar o Bio&Clima  Lagamar, um polo de pesquisas tem por objetivo a compreensão dos  impactos das mudanças climáticas sobre espécies e ecossistemas na Mata  Atlântica. Trata-se de uma iniciativa inovadora de financiamento de  projetos de pesquisa que tem como diferencial a aplicação prática dos  resultados obtidos pelas pesquisas no manejo de áreas protegidas e  políticas públicas que busquem reduzir os impactos identificados e a  conseqüente perda de biodiversidade.  
Outras negociações que devem acontecer paralelamente na COP 17 são a  regulamentação do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e  Degradação (REDD) e do Green Climate Fund – um fundo para que os países  desenvolvidos financiem ações de mitigação e de adaptação para redução  de emissões de GEE nos países em desenvolvimento.
Nos últimos anos, surgiram diversas alternativas que inserem  indivíduos e iniciativa privada em ações de proteção à biodiversidade  que beneficiam toda a sociedade. O Brasil possui mecanismos de  pagamentos por serviços ambientais como o Projeto Oásis da Fundação  Grupo Boticário, que premia financeiramente os proprietários  particulares de terras que preservam a mata nativa e manejam de forma  adequada as áreas produtivas de suas propriedades. “São projetos como  esse que provam que é possível sim conservar e produzir na mesma  propriedade”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação.
Além deste projeto crescente no país, a instituição organiza o  Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), maior evento  sobre o tema da América Latina. “Em 2009, como resultado do encontro,  foi elaborado um documento com sugestões para contribuir e influenciar o  governo brasileiro em medidas para redução das emissões dos gases do  efeito estufa”, explica Malu. Em 2012, o CBUC acontecerá em Natal.
  
   28/11/2011 - 11:54
        Terra da Gente, com info Globo Natureza/ O Boticário  
 
        
  
 
 http://eptv.globo.com/terradagente/NOT,0,0,381189,Comeca+hoje+a+COP+17+na+Africa+mudancas+climaticas.aspx
Fonte: Terra da Gente- Eptv.Globo, 28/11  
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