"Aceitam o desafio?"
Sustentabilidade

"Aceitam o desafio?"


O desafio de que falamos foi-me enviado pela amiga Ana Teresa, partilhando uma linda mensagem que uma amiga lhe enviou. Vale a pena ler e refletir! Aqui fica o texto, acompanhado de algumas tiras do Armandinho, adorável personagem de Alexandre Beck:

«Queridos amigos!

 Prometi ao Artur, que nasceu no dia 8 de Julho, que tudo iria fazer para tornar este seu novo mundo um óptimo local para ele viver.

A promessa que fiz é válida não só para o Artur mas também para o Diogo e para o Miguel, que nasceram uns dias depois, para a Luísa que está quase aí, para a Carolina e para a Marta, para a Maria, para o Simão, para a Sofia, para o Xavier, para a Alice, para o Francisco, para o Jaime, para a Ana, para a Leonor, para a Inês, para o David, para o João, para o André, para o Gonçalo, para a Andreia e para TODAS as outras crianças deste Mundo e as que em breve cá estarão.

Tornar este seu novo Mundo um ÓPTIMO local para viverem pode parecer ambicioso demais, tendo em conta que milhões de crianças não têm ainda o que comer, continuam sem acesso a água potável e saneamento, sem uma cama onde possam dormir, sem acesso à Educação, a Cuidados de Saúde e à Justiça, e muitas nunca viveram um dia de Paz, mas eu acredito que É POSSÍVEL! É possível se todos acreditarmos, por isso lutarmos e para isso contribuirmos!



E é por isso que vos escrevo este e-mail.
Escrevo-vos porque acredito que pequenos gestos podem fazer a diferença.
Escrevo-vos porque acredito que o nosso bem-estar individual depende do bem-estar colectivo e que o bem-estar colectivo dependente das nossas acções individuais.
Escrevo-vos porque acredito que cada um tem poder para mudar o seu mundo e que todos juntos temos poder para mudar o Mundo.
Escrevo-vos porque considero que todos temos o dever moral e a responsabilidade de não comprometer a sobrevivência e o futuro das crianças e das futuras gerações de seres humanos e de todos os seres com quem partilhamos o planeta.

E o que vos proponho é simples: REFLECTIR.

Reflectir sobre as vossas escolhas e actos.
Podem fazê-lo neste momento, se o desejam, mas a minha proposta (e pedido!) é que tentem reflectir sobre as vossas escolhas e actos, ao longo do dia, dos dias, dos meses, SEMPRE.
Os nossos gestos, assim como as nossas escolhas, por mais insignificantes que pareçam, podem ter um poder destrutivo enorme. E se analisarmos um pouquinho, chegaremos todos à conclusão que nos últimos dois séculos, o acumular de pequenos e aparentemente insignificantes e irreflectidos gestos, contribuíram para que hoje nos deparemos com problemas ambientais enormes, injustiças sociais gritantes, inseguranças e ódios. E estes não são problemas que não nos dizem respeito, problemas a uma escala global para os quais nada podemos fazer. Estes são problemas globais que foram criados a uma escala local e se fazem sentir a uma escala local. À escala à qual todos temos acesso e todos contribuímos diariamente. Por isso, SIM, todos podemos (e devemos!) fazer qualquer coisa! Até porque se os nossos gestos e escolhas podem ser devastadores, o seu poder regenerador e curativo pode ser igualmente inimaginavelmente grande.

Mas reflectir exactamente sobre o quê?




Reflectir sobre as PALAVRAS que proferimos diariamente. Sobre o que dizemos e como o dizemos. Sobre a motivação inerente a cada palavra. Uma palavra tem o poder de ferir, mas também o de curar e fazer sorrir. E o Mundo precisa de sorrisos!

Reflectir sobre a nossa INDIFERENÇA E CONIVÊNCIA perante a injustiça. Perante leis e decisões (nacionais e internacionais) que favorecem minorias em detrimento da maioria. Perante a forma como são criados grande parte dos animais para consumo humano, privados da luz do dia e da liberdade, condenados a viver em condições miseráveis e tratados como máquinas de procriar.

Reflectir sobre a nossa INDISPONIBILIDADE perante alguém que necessita de uns minutos de atenção e um pouco de carinho. Sobre a nossa indisponibilidade para amar incondicionalmente. Sobre a nossa DIFICULDADE EM ACEITAR que os outros (todos os outros seres humanos), tal como nós, só querem é ser felizes.





Reflectir sobre as nossas ESCOLHAS “banais” do dia-a-dia:



Reflectir sobre a nossa APATIA mórbida, que nos faz aceitar a violência (física e verbal), o ódio, o desrespeito e a intriga, tão comum nos filmes e séries, como algo normal.

Reflectir sobre a nossa DIFICULDADE EM ACREDITAR na mudança e num Mundo melhor, sobre a nossa FALTA DE ESPERANÇA generalizada e sobre como ela favorece a aceitação das mais absurdas acções e medidas praticadas e impostas por alguns.


Reflectir sobre o NOSSO PODER enquanto cidadãos deste Mundo, enquanto consumidores, eleitores e trabalhadores. De como podemos, com uma simples escolha, contribuir para a mudança.

Acredito que a reflexão nos dirá que TEMOS QUE MUDAR de postura, mudar de hábitos. Nos dirá, por muito que nos custe a aceitar, que embora de uma forma mais ou menos inconsciente e não desejada, temos todos contribuído (quer pela a acção, quer pela inacção) para a degradação ambiental do planeta, para a manutenção e agravamento das assimetrias sociais (não só a nível nacional, mas também internacional), para o sofrimento de muitos seres (humanos e não-humanos) e para a prepetuação do incessante conflito entre humanos. Acredito que a reflexão nos dirá que uma mudança de postura é não apenas desejável, mas IMPERATIVA!

Bem sei que mudar de hábitos é não é coisa fácil. Mas é bastante mais fácil do que nos fazem crer. Requer apenas uma condição: QUERER! E “querer” é uma capacidade inerente a qualquer um de vós, independentemente da idade, sexo, nível de escolaridade ou económico. Nada que não esteja ao alcance de cada um.

E se ainda vos é difícil pensar numa mudança pelo bem-estar colectivo, pensem numa mudança pelo vosso bem-estar e pelo bem-estar daqueles que vos são próximos: filhos, netos, sobrinhos, primos, filhos de amigos.

Pensem que, se nada fizerem, estes seres que vos são tão queridos, terão que lidar em breve com conflitos e problemas ambientais, para os quais não contribuíram, mas que lhes trarão inevitavelmente sofrimento. E estes conflitos e problemas ambientais não são ameaças abstractas, vazias de sentido, inatingíveis a quem tem dinheiro e vive num país dito “desenvolvido”. Não, são ameaças reais que afectarão todos. Violência, insegurança, falta de água potável, eventos meteorológicos extremos, acesso limitado a medicamentos naturais e escassez da alimentos são apenas algumas dessas ameaças. O rol é imenso.


Considero que quem coloca uma criança neste mundo e nada faz para o melhorar, ou pior ainda, contribui diariamente para a sua destruição, longe de praticar um acto de amor pratica um acto de egoísmo.

E fazer algo para o melhorar não pode resumir-se a uma acção ou escolha pontual. Requer uma intervenção diária, porque o Mundo não é estático nem imutável. Requer uma atenção, um esforço e uma determinação constante, tal como nós precisamos de água, comida e amor todos os dias!

Por isso, meus queridos amigos, DESAFIO-VOS à reflexão e à mudança. Desafio-vos à descoberta e à criação de um novo Mundo: um Mundo mais justo, tolerante, compassivo, igualitário e pacífico, onde os sete mil milhões de seres humanos e todos os seres vivos possam coexistir harmoniosamente. Um Mundo repleto de sorrisos.

A tarefa não é fácil, mas É POSSÍVEL! Basta querem!
Beijos e Abraços!
Fiquem MUITO bem!
Rita»



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